Um trabalho que foi feito ao longo dos últimos 400 dias.
Estações de metro fechadas, linhas da Carris encerradas, elevadores encerrados e restrições no tráfego aéreo. Estes são os destaques do plano de mobilidade e segurança para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), apresentado na passada sexta-feira, dia 14 de julho. Trata-se de um “plano nacional”, de acordo com a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, uma vez que há peregrinos espalhados por todo o território português.
“É importante termos a consciência de que estamos perante um trabalho profissional. Este foi um trabalho feito ao longo dos últimos 400 dias para garantir que chegássemos a dias desta Jornada Mundial da Juventude em condições de dizer que quer os perímetros de segurança, quer o plano de mobilidade foram trabalhados com todas as autarquias e com todas as autoridades com que tinham de ser trabalhadas”, salientou Ana Catarina Mendes.
Transportes reforçam oferta
Os transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa vão disponibilizar na JMJ mais 354 mil lugares, em cada dia útil, e mais 780 mil lugares, nos dias do fim-de-semana.
As estações do Metropolitano da Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Restauradores vão estar encerradas nos dias 1, 3 e 4 de agosto. As estações de comboios da CP de Moscavide, Sacavém, Bobadela e Santa Iria vão encerrar, mas nos dias 5 e 6 (sábado e domingo).
Na Carris, serão suprimidas ou terão alteração de percurso as linhas que servem as zonas delimitadas pelos perímetros de segurança e as que circulam em arruamentos muito estreitos, com elevado risco de segurança.
Os elevadores da Bica, Glória e Lavra vão estar encerrados nos dias 1, 3, 4, 5 e 6 de agosto.
Restrições no tráfego aéreo
A JMJ vai obrigar à definição de quatro zonas de exclusão aérea nas regiões de Lisboa e Fátima, mas os voos comerciais serão permitidos nos aeroportos da capital e Cascais.
O plano prevê constrangimentos em 23 aeródromos e sistemas de deteção de ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) não autorizados.
Nas fronteiras, o controlo de documentação será seletivo e com base em indicadores de risco, estando autorizados 21 pontos de passagem.
O plano de segurança estipula o reforço das redes de telecomunicações, o aumento da capacidade de resposta e resiliência dos circuitos de comunicação de emergência e 500 números de telemóvel prioritários para controlo e comando.
Ao todo vão estar empenhados 16 mil elementos das forças de segurança, proteção civil e emergência médica, estando ainda prevista a colaboração das Forças Armadas e das polícias espanhola, europeia (Europol) e internacional (Interpol).