O Apple Intelligence não deverá ser confundido com a inteligência artificial atualmente no mercado.
Na passada segunda-feira, a Apple realizou a sua conferência de abertura da WWDC para apresentar um do seus maiores projetos dos últimos anos, “Apple Intelligence”. Se esta solução de software se parecer com a inteligência artificial (IA), a Apple recusa-se a usar esta sigla. A marca sabe disso e, com a Apple Intelligence, vai competir com o Copilot da Microsoft e com o Gemini da Google. Mas a empresa não quer misturar-se com a multidão. Neste ponto, a comunicação da Apple está muito bem estabelecida.
A tecnológica de Cupertino oferece uma experiência diferente (pelo menos garante que assim será) e a sua funcionalidade “Apple Intelligence” não é uma “IA” vulgar como centenas de outras que existem hoje. A empresa demonstrou esta estratégia de diferenciação de forma muito clara na conferência da passada segunda-feira. O termo “inteligência artificial” só foi utilizado três vezes em duas horas, e em momento algum mencionaram “Apple Intelligence” em conjunto com o termo.
A escolha da Apple pode surpreender, mas não é a primeira vez que a empresa utiliza tal estratégia. Com efeito, em muitos outros casos, a empresa já tinha utilizado nomes próprios para apresentar soluções simples utilizadas pela maior parte do mercado. Um dos exemplos mais antigos é, sem dúvida, o do smartphone. A Apple usa muito pouco esse termo, uma vez que prefere falar diretamente do iPhone, palavra que usa para definir este produto na sua linguagem. Essa mania de renomear tudo para parecer diferente chegou ao limite há alguns anos. Sem dúvida sem inspiração, as equipas de marketing da Apple só falaram em “magia”.
Perante esta vontade da empresa de Cupertino de não fazer nada igual às outras, temos de encontrar uma solução. Se o termo “IA” for proibido pelos comunicadores da Apple, nós, jornalistas/blogistas, devemos encontrar outra forma de nomear a “Apple Intelligence”. Sobre este ponto, o editor-chefe do Engadget propôs uma ideia interessante. Ele planeia falar sobre “Apple AI” para distinguir entre a solução da Apple e as outras.
Uma metodologia clássica, já utilizada para muitos outros serviços da marca Apple como Maps, Music ou mesmo Apple TV+.