Antevisão – Astro Bot promete estar de volta para se afirmar como a merecida mascote PlayStation

- Publicidade -

No início, Astro Bot pode parecer uma “simples” sequela de Astro’s Playroom, mas após uma hora de jogo, há todo um iceberg gigante de surpresas e de diversão à nossa espera.

A convite da PlayStation Portugal, tive a oportunidade de experimentar uma porção daquele que podemos considerar o inesperado e mais merecido lançamento do ano para a PlayStation 5, simplesmente intitulado como Astro Bot. Inesperado porque, até há umas semanas, mal sonhávamos com a sua existência, e merecido porque Astro tem aqui, finalmente, a oportunidade de vingar enquanto a derradeira mascote oficial da PlayStation, finalmente com um jogo completo e sem gimmicks.

Claro que não podemos menosprezar as suas aparições titulares anteriores: a de Astro Bot Rescue Mission para a PlayStation 4, que o introduziu como demonstração técnica das capacidades do PlayStation VR1 (ainda sem direito a compatibilidade com o PlayStation VR2); ou a de Astro’s Playroom, oferecido gratuitamente com todas as PlayStation 5, para mostrar algumas das capacidades da consola da Sony, em particular as do DualSense.

Após uma hora de diversão e de maravilhas ao controlo de Astro, na demonstração limitada de Astro Bot, a surpresa de todo o lado técnico desta nova aposta da Team ASOBI não é, admitidamente, a mais incrível e revolucionária, como foi a de Astro’s Playroom – ao sentirmos nas nossas mãos todas as ações e efeitos ambientais do jogo. Foi, no entanto, familiar, agradável e extremamente entusiasmante, considerando que Astro Bot é mais do que uma mera demonstração técnica.

astro bot antevisao echo boomer 3
Astro Bot – PlayStation 5

Podemos até chamar-lhe uma sequela de Astro’s Playroom. Afinal de contas, Astro Bot controla-se da mesma maneira e foi desenhado em cima dos pilares propostos pelo mini-jogo que nos levou pela história da PlayStation, mais especificamente o hardware. Astro Bot parece expandir-se para algo com muito mais potencial: o software, os jogos e as aventuras que nos marcaram e que ainda nos marcam.

Esta fatia de jogo a que tive acesso não revelou qualquer detalhe sobre a história, mas não é como se isso importasse muito. Jogos como estes vivem da simplicidade da sua premissa, da exploração dos níveis, objetivos propostos e pelos elementos apresentados no ecrã que nos mantêm investidos a passar mais tempo nestes mundos virtuais. O objetivo é simples: chegar ao fim do nível, colecionar moedas – que poderão ser usadas na versão final do jogo – e colecionar amigos do Astro Bot. Amigos esses que podem ser bots genéricos ou bots temáticos dos vários universos da PlayStation, como aqueles que em Astro’s Playroom apenas serviam para “existir” e dizer “lembram-se de nós?”.

Quando questionei se o jogo usaria estes elementos para lá das “referências”, foi-me respondido um “espera que já vês” e, após alguns níveis, lá descobri que sim. De facto, a Team ASOBI quer fazer algo mais, levando-nos a mundos temáticos de alguns dos heróis da PlayStation. Como são e se seremos acompanhados por um “AstroKratos” ou Astreus”, como os que encontrei, isso só descobriremos em setembro.

astro bot antevisao echo boomer 6
Astro Bot – PlayStation 5

A Team ASOBI quer fazer algo mais, levando-nos a mundos temáticos de alguns dos heróis da PlayStation.

Esta sessão também me permitiu espreitar o mapa “galáctico” composto por 6 galáxias e mais de 80 níveis, numa disposição e navegação que me fez logo lembrar de um dos meus jogos favoritos, Mass Effect. Nesse mapa navegamos Astro no seu DualSense/Nave entre dezenas de níveis, dos tradicionais, níveis de boss, níveis com desafios e os tais temáticos. O jogo dá-nos alguma liberdade de escolha no que fazer a seguir, com os níveis a desbloquearem-se de acordo com a finalização dos anteriores. Apesar de “6 galáxias e mais de 80 níveis” nos deixar de olhos a brilhar, há o perigo de Astro Bot poder entrar no campo do “jogo demasiado grande”, no entanto, a disposição dos níveis e o tempo passado em cada um deu-me a sensação de que não será o caso, mas será, sem dúvida, um jogo recheado de conteúdos. E alguns deles não serão encontrados à primeira.

À medida que explorei os níveis, o responsável pela apresentação foi-me dando dicas, indicando para voltar atrás até alguns pontos dos níveis para descobrir segredos, como Bots para apanhar e pequenos micro-níveis/zonas secretas também escondidas, que me ajudaram também a perceber os indicadores visuais do jogo que nos levam a esses pontos. O que numa primeira viagem por um nível pode parecer rápida, uma segunda pode levar-nos a gastar alguns agradáveis minutos a espreitar todos os cantos.

Alguns elementos de destaque desta nova aposta vão para o dinamismo dos níveis, extremamente ricos em detalhe e cheios de vida. Quase tudo é interativo e animado. O jogo nunca se sente parado, seja com inimigos a atacarem-nos, ou com outros personagens de decoração a navegarem à nossa volta. Cada nível também fornece a Astro uma habilidade única, apenas usada nesses níveis, o que ajuda a tornar a aventura sempre fresca e inesperada. É um pouco como aqueles segmentos mais “fora da caixa” de Super Mario Wonder, mas aqui adaptados a poderes, como o poder da inflação para subir a pontos mais altos como um balão no primeiro nível, ou a ajuda de um cão rocket que nos ajuda a destruir barreiras e a chegar a novas plataformas no segundo.

astro bot antevisao echo boomer 2
Astro Bot – PlayStation 5

Astro Bot aparenta ser simples de se jogar, mais uma vez, como em Astro’s Playroom. Mas os jogadores que não esperem uma simples “viagem no parque”. Nesta demo joguei dois níveis de desafio mais elevado, duas espécies de trials que testam as nossas habilidades, e combati um polvo gigante que disparava bombas e usava os seus tentáculos para nos dar socos, naquele que foi um combate extremamente dinâmico e de grande escala, com duas fases e uma forma de derrotar que funcionou como um pequeno puzzle. Em jeito de brincadeira, comentei com quem me acompanhava que não estava à espera de encontrar um boss de Elden Ring em Astro Bot.

A imersão e o aspeto de exploração das capacidades técnicas da PlayStation 5 continuam a ser importantes, como as capacidades do DualSense sempre presentes e aqui exploradas de forma exaustiva como em Astro’s Playroom, e o jogo apresenta-se já nesta fase a uns brilhantes 60 FPS com uma imagem claríssima e extremamente polida. No entanto, estes elementos não destoam ou distraem – são usados de forma sóbria e equilibrada – visualmente em benefício da excelente direção artística e do aspeto animado do jogo, e mecanicamente com o feedback do DualSense e das suas capacidades agora mais intuitivas e naturais do que nunca.

Foi apenas uma hora de Astro Bot. Não apanhei os bots propostos todos, mas joguei tudo o que estava disponível na demo. E a verdade é esta: soube-me muito a pouco. Mas no bom sentido, porque queria já jogar mais. Com o tempo passado em Astro Bot, sinto que a resposta aos pedidos de um jogo dedicado ao adorável robô parece estar prestes a ser entregue com um charme e visão que, até aqui, a Sony mal conseguiu (mas tentou, não foi fãs de Knack?). E a melhor parte de tudo, para já, é que não vamos ter que esperar muito para explorar a galáxia da PlayStation com Astro e os seus amigos para comprovar aquilo que parece ser tão promissor, pois ele chega já no final do verão, em exclusivo na PlayStation 5, no dia 6 de setembro.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados