Análise – Zoo Tycoon: Ultimate Animal Collection – “Comprámos um Zoo!”

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Quem cresceu com videojogos durante a década de 2000, certamente estará recordado de um jogo para PC chamado Zoo Tycoon, em que podíamos não só criar um jardim zoológico com os animais mais exóticos e gerir a sua saúde e conforto, mas também conseguir mais visitantes para o espaço. Zoo Tycoon chegou agora à Xbox One e utiliza um conceito semelhante, mas numa perspectiva muito mais pessoal com os animais.

Zoo Tycoon: Ultimate Animal Collection surge em 2017 com suporte 4K na Xbox One X e pertence ao programa Xbox Play Anywhere, mas é, fundamentalmente, um jogo de 2013.

A promessa deste Zoo Tycoon contemporâneo é a de fazer chegar ao jogador uma experiência mais imersiva, levando-o até bem perto dos animais, e alterando entre a perspetiva quase isométrica dos jogos clássicos e as perspetivas na terceira e primeira pessoa.

O jogo está dividido em quatro modos. Temos, por exemplo, um modo de Tutorial dividido em diferentes missões/aulas por todo o mundo que nos ensina as mecânicas básicas e essenciais para o sucesso do nosso zoo e satisfação dos animais. Contudo, este é um modo com uma estrutura repetitiva e lenta, o que poderá tornar-se num bloqueio para jogadores menos experientes.

Há também o modo de desafios, o Challenge Mode, que é uma das metades do conteúdo central do jogo, e onde temos de cumprir cerca de 20 desafios específicos, limitados por tempo e recursos. Felizmente, este é um modo que não requer muita experiência, mas obriga-nos a ter alguma atenção e a conhecer bem os menus para cumprir tudo a tempo. É também aqui que vamos desbloquear novos animais e funções para usar noutros modos, de forma que é quase essencial experimentar o jogo aqui.

Alguns dos desbloqueáveis vão poder ser usados no modo aberto, o Sandbox, em que o jogador pode simplesmente explorar o jogo à sua maneira: sem limites de tempo, recursos, nada. É possível criar o maior e melhor zoo possível com os animais que se quiser sem a preocupação de cumprir objetivos pré-definidos. Este é um modo excelente para introduzir aos mais novos. Infelizmente, está limitado pelo conteúdo que é desbloqueado no Challenge Mode, daí a referência à sua, quase, obrigatoriedade.

Por fim, o modo de Campanha, que funciona um pouco como o de desafios, mas com missões mais compostas e longas. Aqui viajamos por vários zoos do mundo cumprindo objetivos, como atingir um certo número de visitantes, abrir novos espaços e deixar os animais com um certo nível de felicidade, adotar novas espécies e ganhar fama. Neste caso, as missões têm níveis de dificuldade que vão do fácil ao difícil, algo que se reflete especialmente nos recursos e tempo ao nosso dispor.

Podendo escolher o género do nosso gestor do zoo, o jogo pode ser jogado de três perspetivas, alternando entre sim em tempo real. Para os mais puristas e verdadeiros gestores, a visão de “drone” é a melhor. Torna-se fácil navegar pelos jardins zoológicos, ver como está tudo a correr com o nosso olho de águia e não é nada complicado estarmos atentos aos menus e pontos de interesse. É especialmente útil para a construção de novas áreas e expansão dos espaços.

A visão na terceira pessoa permite-nos navegar bem junto ao chão e interagir com objetos e pontos de interesse de um modo mais pessoal. E é aqui que também começamos a notar os pequenos detalhes do jogo e os gráficos do jogo que misturam um aspeto cartoonesco com o realista.

A primeira pessoa é apenas usada quando há interceção com os pontos de interesse, e que, na verdade, são o mais interessante deste jogo, simplesmente porque permitem ver os animais bem de perto.

Nesta perspetiva, vamos poder brincar com os animais, chamá-los, fazer-lhes festas, dar-lhes de comer ou simplesmente ficar a apreciar as suas ações com as excelentes animações e inteligência artificial do jogo.

Ao todo, o jogo conta com certa de 200 animais divididos em diferentes espécies e raças. Cada tipo de animal tem diferentes características visuais, requerem cuidados diferentes, e, obviamente, surgem ou são obtidos com valores e níveis de variedade diferentes. Para os conseguir, uns são desbloqueados por desafios e outros comprados com créditos do próprio jogo.

Mas não são apenas os animais que precisam de cuidados, também as pessoas que trabalham neles. Ao longo do jogo, vamos sendo confrontados com este tipo de camadas que vão enriquecendo a experiência e dando novos fatores para ter em atenção.

A vertente multi-jogador também está presente com algumas funções bem interessantes, como por exemplo dar animais como presente aos nossos amigos jogadores, convidá-los para verem o nosso zoo, e, ainda, juntar até três jogadores para fazerem a gestão conjunta de um parque.

Zoo Tycoon não fica só por aqui. Tem muito mais para oferecer em termos de conteúdos e mecânicas.

Apesar de não ser um jogo atual, as suas mudanças fazem-se sentir. Visualmente, estamos perante um jogo com uma qualidade de imagem bastante polida, animações bastante bem conseguidas no caso dos animais  e com efeitos sonoros a acompanhar.

É um jogo um pouco denso demais para o público que almeja, mas é também uma oportunidade de juntar diferentes gerações. Há espaço para a educação sobre a vida animal e sobre a gestão de recursos, e, no fim do dia, pode ser uma lufada de ar fresco capaz de proporcionar uma experiência bastante leve.

Zoo Tycoon: Ultimate Animal Collection está disponível para as plataformas Xbox One e PCs Windows 10, por 29.99€.

Zoo Tycoon: Ultimate Animal Collection
Nota: 7/10

O jogo foi cedido para análise pela Microsoft Portugal.

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