- Publicidade -

Versáteis, completos e com uma ótima qualidade áudio, os Sony Inzone H5 são uma ótima opção para quem pretende jogar mais na PlayStation 5 do que no PC.

Já faz mais de um ano desde que a Sony revelou uma nova gama de equipamentos dedicados a jogos, mas sem o branding da PlayStation. Uma espécie de marca irmã, ainda que partilhe uma linguagem visual muito parecida com o que encontramos na atual geração das consolas Sony, com destaque nos tons brancos e pretos.

Entre os vários dispositivos disponíveis, encontramos monitores e auscultadores, duas peças obrigatórias para qualquer jogador se deixar levar pela imersão dos mundos digitais dos videojogos. E recentemente, a Sony acrescentou mais um produto ao seu arsenal, os Sony Inzone H5, que tive a oportunidade de usar diariamente nas últimas semanas.

O facto de, durante tanto tempo, não ter regressado aos meus auscultadores diários, uns simples mas fiéis HyperX Cloud II Wireless, é um testamento da ótima experiência oferecida pelos Sony Inzone H5, que se posicionam como uma das soluções mais acessíveis e de baixo orçamento deste catálogo, com um preço recomendado de venda de 150€ – um valor que não se pode considerar propriamente budget neste segmento, mas que se justifica pela versatilidade e pelo ADN Sony da suas funcionalidades e design. Mais acessível ainda são os Sony Inzone H3, que surgem por 80€, mas com menos funcionalidades.

Ao tirá-los da caixa, as primeiras impressões com os Sony Inzone H5 são fortes. Há um claro cuidado da Sony em entregar uma experiência Premium até neste patamar, com caixa de cartão escuro de alta qualidade e o headset muito bem acomodado, juntamente com o adaptador para PC/PS5 e os dois cabos, o de USB e o de áudio, que deixam logo antever a sua versatilidade de utilização em diferentes dispositivos de diferentes formas.

Com uma linguagem de design familiar quando comparado com outros produtos Sony, os Sony Inzone H5 destacam-se pelo seu design de contornos redondos e pelo tom branco com acentos escuros, semelhante ao ecossistema PlayStation 5. Extremamente leves, são construídos maioritariamente em plástico, algo que pessoalmente não sou o maior fã, mas que lhes confere uma incrível flexibilidade de manuseamento, podendo torcer facilmente a sua banda, ajustando-se facilmente a qualquer cabeça.

Os auscultadores são rotativos, sendo possível colocar o headset com as almofadas encostadas ao peito, permitindo o ajuste das bandas, e conta com um microfone não-removível, mas com o braço rotativo, que ativa automaticamente quando colocado na posição de uso.

As almofadas dos auscultadores, de formato mais elíptico que redondo, são confortáveis e, apesar da dimensão de 40mm, abraçam de forma confortável as orelhas. No entanto, não há grande espaço para estas “respirarem”, o que, teoricamente, resultaria numa maior sensação de espaço na experiência áudio.

A nível de interface, os Sony Inzone H5 contam com botão de On/Off no lado direito, juntamente com dois botões de equilíbrio entre o som do chat e dos jogos – algo muito importante no uso em consola; já no lado esquerdo temos a roda de ajuste de volume, a porta USB-C para carregamento e um jack de 3.5mm, que permite o uso dos auscultadores com virtualmente qualquer dispositivo com saída áudio.

O Sony Inzone H5 pode ser usado de duas formas, através de um dongle USB, que pode ser ligado ao PC ou qualquer equipamento compatível – com exceção da Xbox Series X|S -, ou através do jack de 3.5mm, que pode ser ligado diretamente aos comandos de consola, sejam PlayStation, Xbox ou outros.

Esta versatilidade é um dos aspetos mais importantes para jogadores como eu, com diferentes dispositivos, que podem usar um único par de auscultadores entre todas as suas plataformas. E é algo a considerar neste caso e que acrescenta um valor imenso até a estas opções de média-gama. No caso da PlayStation 5, o dongle tem um modo especial de redução de latência e com suporte Tempest 3D AudioTech Engine sem fios, como encontramos nos Sony Pulse 3D. Uma funcionalidade que na maioria dos headsets só é possível tirar partido através de cabo.

A minha experiência com os Sony Inzone H5 foi feita maioritariamente no PC, através do seu dongle dedicado, onde o usei dias a fio enquanto ouvia música, via séries e, claro, jogava. A primeira coisa que me saltou à vista na sua utilização foi como o PC Windows reconhecia os Sony Inzone H5 com duas saídas, a de Jogo e a de Chat. Rapidamente coloquei a de jogo como principal, onde descobri que não era possível tirar partido das capacidades espaciais licenciadas como Windows Sonic ou o Dolby Atmos, algo que já é estranhamente disponível ao escolher o Chat como dispositivo pré-definido.

Outro aspeto estranho da experiência com os Sony Inzone H5 no PC é que, como o ajuste de volume do próprio headset é independente do ajuste de volume do próprio Windows, algo que causa algum constrangimento na gestão imediata de volume, acedendo com a mão ao headset, obriga-me a ter um cuidado redobrado no volume de sistema, colocando-o por definição o mais confortavelmente alto possível para tirar o máximo partido dos Sony Inzone H5.

Como é habitual noutros dispositivos, os Sony Inzone H5 contam com o seu software próprio, neste caso o Inzone Hub, onde podemos explorar as capacidades dos auscultadores. Por definição, o som dos Sony Inzone H5 é ótimo, detalhado e com um ótimo soundstage e encorpado. Contudo, os baixos poderiam ser um pouco mais profundos, algo que é particularmente notório em jogos de tiros, onde os sons mais fortes, apesar de detalhados, não apresentam um peso que impressione.

Felizmente no Inzone Hub, através do equalizador ou presets como o amplificador de graves, que aumenta as frequências mais baixas para o máximo, a ilusão de baixos melhorados é boa, em troca de alguma suavidade de outros detalhes.

A questão do áudio espacial, não disponível no modo de Jogo, pode ser aqui também resolvida através do sistema proprietário da Sony, o 360 Spatial Sound. Uma funcionalidade na teórica interessante, que para alguns utilizadores poderá fazer a diferença, mas que requer uma configuração extra, recorrendo a uma aplicação móvel e à captura das nossas orelhas, através de fotografias que são analisadas pelo software, para criar um perfil de som espacial personalizado a cada utilizador.

É um processo que demora ainda uns minutos, que para mim não passou apenas de uma interessante experiência, porque o resultado final não me impressionou tanto como outras tecnologias de tratamento de som espacial via software, como o Dolby Atmos ou o THX Spatial Audio, agora propriedade da Razer. Não quero dizer que não seja uma fantásica opção. Na verdade, no PC é provavelmente a melhor opção. O efeito surround é ótimo, especialmente em jogos onde a atenção espacial é importante, como shooters multi-jogador onde os passos e as ações dos inimigos denunciam a sua posição, ou jogos narrativos mais atmosféricos, como um The Last of Us, onde a posição dos clickers pode definir o nosso sucesso e sobrevivência.

Esses pequenos sons são amplificados por defeito e realisticamente posicionados, sem qualquer impacto na restante experiência áudio. Mas nada disto substituiu uma experiência nativa.

A experiência na PlayStation 5 é, no entanto, bem mais simples e direta, com excelentes resultados. Para usar sem fios, basta colocar o dongle (com o interruptor no modo PS5) numa das portas USB, et voilà. Estão a funcionar, de forma nativa, com recurso ao Tempest 3D AudioTech Engine, sem fios, sem conflitos ou complicações.

E todos os inputs funcionam como devem funcionar. A roda de volume comanda o sistema por completo, os botões de equilíbrio Jogo-Chat também e o microfone só é ativo quando colocado à frente da boca.

A qualidade do microfone não é nada de especial. É clara o suficiente para que os outros jogadores e amigos nos possam ouvir durante uma chamada, graças à limpeza de ruídos via inteligência artificial, mas se procuram criar conteúdos, gravar narrações ou podcasts de forma mais séria, esta não é a solução.

É na utilização na PlayStation 5 onde encontro na verdade o grande valor nos Sony Inzone H5, pela sua utilização fácil e com virtualmente zero configuração. Adicionando ao facto que são extremamente confortáveis, com uma boa qualidade de construção, arrisco-me até a dizer que os Sony Inzone H5 são uma muito melhor opção que os atuais Sony Pulse 3D para a PlayStation 5, apesar de serem igualmente versáteis.

Ótimo também é a longevidade da bateria. O meu uso dos Sony Inzone H5 foi particularmente intensivo, utilizando-os diariamente ao longo de cerca de 10 ou mais horas. Inicialmente estranhei ao fim de 2-3 dias começar a pedir para carregar, mas fazendo bem as contas, entre 25 a 30 horas de utilização numa carga, não é nada mau. A Sony promete 28 horas de utilização contínua, e confirma-se. É também de notar que o carregamento, que dura cerca de 3 horas, pode ser feito mesmo com os auscultadores em funcionamento.

Por 150€, os Sony Inzone H5 apresentam-se como uma proposta competitiva e completa. Oferecem uma experiência sólida e confortável, com uma ótima qualidade de som. Se não fossem por algumas dependências ao software proprietário no PC, seria uma solução essencial, algo que, para já, apenas posso afirmar caso pretendam usar os Sony Inzone H5 quase exclusivamente na PlayStation 5.

Recomendado - Echo Boomer

Este dispositivo foi cedido para análise pela Sony.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados