Análise – PIVO, o cameraman inteligente

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Chegou a Portugal uma nova ferramenta que vai facilitar a vida aos produtores de conteúdo e aos mais criativos com os seus smartphones.

Digam Olá ao Pivo, uma novidade que vem para satisfazer necessidades de influencers, criativos e produtores de conteúdo, que usam maioritariamente o seu smartphone e as redes sociais nos seus projetos.

O Pivo é um pequeno tripé inteligente que, essencialmente ligado a um smartphone ou tablet, reconhece a posição dos utilizadores, ou sujeitos a serem capturados, de modo a segui-los. Aqui, porém, esse potencial é elevado a um novo nível, graças às várias opções no que ao software diz respeito, que acabam por tornam a experiência muito mais criativa.

Disponível em dois modelos, o Red e o Silver, tive a oportunidade e brincar um pouco com a sua versão mais “lenta”, a Red, que tem um período de rotação de 10 segundos, em vez de quatro, no Silver. O pequeno Pivo de corpo cilíndrico tem sensivelmente o tamanho de um objetiva de 35mm e, na parte superior, conta com uma base com montagem ajustável e compatível com praticamente todos os smartphones. Temos a possibilidade de criar mais ou menos pressão, que ajuda não só a manter os nossos dispositivos firmes e seguros, como também podemos libertar e dar um pouco de ângulo, se assim o pretendermos.

O topo do Pivo pode ser removido, revelando uma rosca onde podemos colocar o que quisermos, seja uma base para determinadas utilizações ou até uma outra câmara, que podermos controlar via controlo remoto, também incluído no pacote. Já na parte inferior contamos também com um buraco para rosca, de forma a podermos colocar o Pivo noutros tripés, e temos ainda três pernas flexíveis para aumentar a estabilidade, uma vez que, em modo Retrato, com um smartphone mais alto ou pesado, dá a sensação de que pode cair. Por isso, esta é uma decisão de design muito bem-vinda.

A qualidade de construção é, no geral, bastante boa, com um periférico sólido e aparentemente resistente, construído com plásticos e borrachas de alta qualidade. Em suma, perfeito para levarmos nas nossas aventuras, viagens, férias, caminhas, etc.

Utilizar o Pivo para atividades simples é igualmente simples e bastante intuitivo. A sua ligação via Bluetooth é fácil e imediata, bastando um emparelhamento ao premir o botão frontal aquando da utilização da sua app principal, a Pivo App, apenas uma de quatro compatíveis. É com o Pivo configurado que as possibilidades são imensas, com muitas funções para explorar que podem ser tão uteis como inúteis, dependendo do tipo de utilização que lhe queremos dar.

Por definição temos a Capture com AutoTracking, o ponto mais interessante e provavelmente usado pelos utilizadores, que permite o rastreamento automático da pessoa a ser filmada, seja com a câmara frontal ou traseira. Perfeito para produtores de conteúdo que trabalhem sozinhos e queiram dar algum dinamismo aos seus vídeos, este modo é como uma app de fotografia normal, com comandos simples de foco, exposição e zoom, que trabalha de forma autónoma, reconhecendo as nossas caras e movendo o Pivo fisicamente e adicionando efeitos de zoom in ou zoom out se nos afastarmos ou aproximarmos da câmara. É impressionante e muito divertido, permitindo ainda o rastreamento de caras, do corpo e até de cavalos, por alguma razão.

Ao fazermos slide para a esquerda temos configurações aumentadas, com rastreamento Automático, Manual ou desligado; o posicionamento no ecrã e a velocidade de rastreamento. Podemos também ativar o Auto Zoom, sendo que a exposição do alvo e a captura continua mesmo quando saímos do campo de visão do nosso smartphone. Ao deslizarmos para o lado direito encontramos os diferentes modos de utilização. São muitos, ao todo 15, com alguns interessantes mas com pouca utilização prática, como o Many Me, que captura o alvo em diferentes sítios dando a ilusão de clones numa montagem; ou o 50/50, que faz algo semelhante com uma parte do ecrã num cenário e outra parte noutro.

Os que realmente se destacam e imagino a usar com alguma frequência são o modo Flash, o modo Panorama, o Tiny Planet, Time Lapse e o Studio 360.

O modo Flash basicamente permite a criação automática de cortes de um cenário para o outro, dando a ilusão que o alvo viajou de um local para o outro com um salto, tal e qual como o Flash. É, essencialmente, um panning cut para dar continuidade a um discurso ou a uma situação, aqui de forma automatizada, simples e divertida.

O modo Panorama, como o nome indica, permite a criação de panoramas automáticos, com o Pivo a rodar até 360º (podemos diminuir o ângulo de captura), criando então uma imagem imersiva para partilhar ou usar em projetos pessoais e profissionais.

No campo mais criativo, e em muito semelhante ao Panorama, temos o Tiny Planet, que também captura o ambiente em 360º, preferencialmente na rua, criando um efeito de túnel ou planeta automaticamente, sem necessidade de ferramentas ou processos extra.

E no Time Lapse, tal como o nome indica, podemos criar clipes de time lapse dinâmicos, com o Pivo a rodar ao longo do tempo.

Tanto no Panorama, no Tiny Planet e como no Time Lapse, é importante ter o Pivo num sítio seguro, ou num tripé bem sólido, pois o movimento sequencial nestas ações faz com que o smartphone trema um pouco e, por vezes, a imagem final fique um pouco desfocada em vários locais. Não é problemático, apenas um toque de atenção para quem não quiser surpresas nos resultados finais.

Já o Studio 360 tem um pequeno twist: temos que tirar o suporte do Pivo, colocando um objeto em cima dele, ou numa base compatível, e onde usamos o smarphone separadamente, capturando o objeto ou alvo que roda num eixo, criando clipes ou gifs. Esta opção é bastante interessante para produtores de conteúdo, para criar catálogos ou, então, para quem tiver até produtos para vender e que quer mostrar todos os ângulos de um produto num só conteúdo.

Qualquer uma destas ações pode ser efetuada com algum controlo manual, graças ao pequeno, mas sempre capaz comando remoto, que conta com comandos simples de rotação manual e automática (até um ciclo), mas que pode ser útil simplesmente para tirar fotos ou começar a gravar ou parar sem termos que nos aproximar do smartphone, algo que também pode ser feito através de gestos, como bater palmas ou fazer uma pose.

O Pivo é um pequeno equipamento bastante completo que, pelas funções descritas anteriormente, já vale bem a pena. Contudo, é no seu potencial expansivo que o Pivo mostra algumas fragilidades. Nomeadamente com o Auto Traking em chamadas vídeos, que requer uma série de passos pouco intuitivos. Através da app separada Pivo Meet (acedível através da app principal), é-nos proposta a possibilidade de fazer chamadas em diferentes softwares como o Facebook, WhatsApp, Instagram, Zoom e Microsoft Team. Infelizmente, em nenhum destes softwares fui capaz de colocar o auto-tracking em funcionamento, mesmo com as permissões todas dadas.

A única forma de fazer chamadas com auto-tracking é através do ecossistema da aplicação, enviando um link para a outra pessoa e, assim, fazer uma chamada normalmente por esta via, onde o outro lado pode, se assim pretendermos, controlar o nosso Pivo.

É um pouco desapontante, isto se estiverem a olhar para o Pivo apenas para este tipo de utilização. Felizmente, tudo o que promete e oferece faz de forma exímia.

O Pivo é um daqueles equipamentos que merece estar no bolso de qualquer produtor de conteúdos moderno. Do Youtube, do Twitter, do TikTok e do Instagram, com funções que vão certamente elevar os valores de produção e a criatividade dos utilizadores sem grande esforço. Em certa medida, é um pequeno canivete suíço dos suportes e, para alguns, um pequeno cameraman personalizado.

O Pivo já está disponível no mercado português a partir de 109€.

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Este dispositivo foi cedido para análise pela PIVO.

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