Next Level Racing GTtrack: O cockpit que não sabem que precisam

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Depois de quase uma década a recolher pareceres e sugestões dos consumidores, eis que chega o derradeiro cockpit para os simuladores de corrida. E a verdade é que é um triunfo inquestionável da Next Level Racing.

Após algumas experiências passadas com cockpits para simuladores de condução, em que a maior parte do tempo foi com a marca Playseat, tive o privilégio e felicidade de montar o meu volante e pedais preferidos no GTtrack da Next Level Racing. E a sensação que ficou foi que tudo o que sentia que era preciso para conseguir a melhor experiência de condução foi entregue com distinção com este cockpit.

Desenhado por especialistas e racers de simulação profissionais, o GTtrack é o cockpit usado pelo campeão mundial de Project Cars 2 (Kamil Pawlowski) e foi desenvolvido durante um período considerável de tempo, tendo como amostra de teste alguns sets de condução das marcas mais proeminentes do mercado tais como a Fanatec, Logitech e Thrustmaster. O objetivo passava por garantir a melhor experiência de condução, tendo como foco o maior número possível de consumidores, independentemente da marca de sets que usam. Considero isto determinante, pois já conduzi com sets das três marcas que referi acima no cockpit que tive anteriormente e este não era perfurado a pensar em todas elas.

Para garantir que tanto o volante como os pedais de determinados modelos ficassem bem presos, era preciso acrescentar anilhas extra, parafusos doutras dimensões ou descentrar os pedais para conseguir que ficassem seguros. Com o GTtrack já montei o DD Pro da Fanatec e o novíssimo T128 da Thrustmaster e ambos encaixaram que nem uma luva, sem ter de batalhar ou meter-me com engenhocas, o que é fantástico a nível de experiência do consumidor.

O GTtrack, tendo sido pensado com o consumidor final em mente, foi feito com vista à fiabilidade e rigidez dos materiais, que combinam aço carbono com corte a laser e soldagem robótica. A sua robustez permite-nos ajustar tudo ao milímetro, quer os pedais, quer o volante, quer a cadeira, sem nunca descurar da estabilidade.

A plataforma que suporta os pedais pode ser ajustada em distância e ângulo, assim como o tabuleiro para fixar o volante, que pode ser também ajustado em distância/altura e ângulo. Já a cadeira, que é um dos pontos mais fortes deste cockpit e me deixou 100% rendido (sobretudo pelo conforto), permite-nos ajustar a proximidade com o volante/pedais e o recosto do banco tal e qual como nos automóveis. Ainda que a plataforma dos pedais e o tabuleiro do volante exijam a chave sextavada para fazer os ajustes (que não levam mais que um par de minutos), a cadeira é facilmente ajustada em meros segundos, coisa que poucos cockpits permitem.

Falando um pouco da minha experiência, quando recebi a caixa foi difícil assimilar a dimensão e peso da mesma, até porque nem a consegui transportar sozinho até dentro de casa, mas tanto a dimensão como o peso são bem justificados. A experiência de desembalar foi agradável e muito diferenciada, até porque todas as partes integrantes do cockpit vêm bem organizadas e acondicionadas, o que demonstra o nível de cuidado e qualidade da marca, e com elas vêm todas as ferramentas essenciais. Convém que escolham um sítio com espaço para fazer a montagem (porque o cockpit é enorme) e não o façam diretamente no chão, para evitar riscos desnecessários (ou danificar o chão sem querer).

A montagem pode levar entre uma a duas horas e aconselho que tomem o vosso tempo para garantir que não falha nada, pois mesmo considerando que o manual de montagem seja relativamente claro, podem sempre surgir dúvidas. Na montagem, ainda que ache que, a nível de tolerância – e, por sua vez, facilidade de encaixe sem forçar -, o GTtrack esteja muito bem desenhado, sugiro que não apertem os parafusos da base ao máximo sem antes encaixarem a cadeira, porque esse é o caso mais fulcral de toque direto de metal com metal e a cadeira é pesada. Dito isto, não hesitem em pedir ajuda a alguém nesta etapa, caso contrário podem riscar algumas peças por descuido.

Para servir de base para a estrutura têm duas opções, 8 pés ou 8 rodas (mais duas rodas extra). Pode parecer ridículo, mas esta é, provavelmente, a decisão mais sensata e bem pensada da marca, dado que os cockpits fixos nem sempre são convenientes. Se, por um lado, para um jogador que queira colocar o cockpit com ecrã incorporado, num local dedicado, o cockpit sem rodas funciona, por outro lado, os jogadores que só têm uma televisão ou querem ter o cockpit numa divisão usada para mais propósitos ou por outras pessoas têm na falta de mobilidade um problema, pois exige que ou se arraste com a possibilidade de riscar o chão, ou exige que se chame alguém para ajudar (que foi o meu caso até ao presente). A opção de encaixar rodas (com travão) é simples, mas eficaz. Num espaço de 10 segundos, consigo colocar o cockpit onde quero ao milímetro e, no mesmo tempo, volto a deixá-lo num sítio onde não estorve.

O passo seguinte foi perceber as distâncias e ângulos da plataforma dos pedais e do tabuleiro para o volante. Após acertar isso, montar o DD Pro da Fanatec foi simples e rápido, tanto que poucos minutos depois já estava a jogar. Falando em jogar, posso dizer que a experiência de condução foi fantástica, não só pela estabilidade e robustez do cockpit ou pelo conforto e conveniência da cadeira, mas também porque, durante todas as horas de jogo que já tive, não houve quaisquer barulhos por parte do cockpit, mesmo quando me mexia mais abruptamente – o que me deixou extremamente surpreendido pela positiva.

Esta estabilidade e robustez não são produto de mero acaso, visto que este cockpit é pensado para voos maiores. Um desses “voos” dá-se caso queiram simplesmente montar mudanças e travão de mão na plataforma lateral, havendo espaço para os dois em simultâneo. Outro desses “voos” acontece ao garantir que a rigidez da estrutura aguenta com qualquer set direct drive (volante e pedais), onde por vezes existe um force feedback muito extremo.

Contudo, os “voos” mais altos dão-se caso queiram montar a plataforma de movimento da NLR (Motion Platform V3) e/ou a plataforma de tração (Traction Plus Motion Platform), que vão providenciar a experiência de simulação mais imersiva possível. Ainda não tive a hipótese de testar estas duas plataformas, mas quem sabe no futuro… Curiosamente, juntamente com o cockpit, segue um cinto de segurança a 4 pontos que pode ser montado na cadeira, que é daquelas coisas que uma pessoa fica a questionar-se sobre a sua utilidade, dado que a experiência é estática. Contudo, sabendo da existência dessas duas plataformas, faz mais sentido este extra.

E já que estou a falar de voos, para concluir este ponto, aproveito para deixar a informação que este cockpit está preparado para servir de simulador de voo, podendo ser adaptado com a adição do Combat Flight Pack da Next Level Racing. Não é algo que tenha testado, mas está na minha lista, assim que surgir a oportunidade.

Para terminar, vou só deixar aqui as especificações do cockpit, às quais muitas vezes uma pessoa não dá a devida atenção e depois tem surpresas. As dimensões do produto são 138 cm de comprimento por 55 cm de largura e 120 cm de altura, podendo variar ligeiramente com a posição da plataforma dos pedais e recosto do banco. O peso do cockpit 48 kg (60 kg com a caixa) – sem extras – e o peso máximo suportado são 150 kg. Já a altura suportada varia entre 120 e 210 centímetros.

Como devem ter percebido, fiquei extremamente satisfeito com o Next Level Racing GTtrack e recomendo-o vivamente a todos os que querem ter uma experiência de condução com a maior estabilidade e conforto. Aliás, recomendo tanto que, sem brincar, posso dizer que joguei outros jogos lá sentado e não vi nenhuma diferença entre ela e as cadeiras dedicadas para videojogos. Recomendo também por ser um cockpit com robustez estrutural para durar uma vida sem perder qualidade – talvez precisem de uma cadeira nova a certa altura, mas tirando isso, o meu ponto mantém-se. A facilidade de mobilidade sem quaisquer fragilidades associadas também é um ponto muito a favor. Por fim, ter as perfurações certas para qualquer set de condução ou plataformas de movimento fazem deste o cockpit mais completo que vi no mercado com vista ao uso profissional.

O preço pode assustar, mas, caso estejam à procura de um verdadeiro upgrade à secretária que usam ou estejam a pensar dar o salto de um cockpit base e tenham fundos disponíveis, esta é um investimento mais do que justificado e que vos dá o retorno do dinheiro que investirem com as palavras chave que fui repetindo ao longo desta análise: fiabilidade, robustez e conforto. Para terminar e com base na minha experiência pessoal, quero acrescentar que vale mais ter um cockpit caro e um simulador mais em conta do que o oposto.

O Next Level Racing GTtrack está disponível por 899€ no site oficial da marca.

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Este equipamento foi cedido para cobertura pelo Next Level Racing.

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