A classificação do Aproveitamento Hidroagrícola de Alqueva como obra de interesse nacional vem também sublinhar o impacto económico e social do projeto.
O Governo classificou o Aproveitamento Hidroagrícola de Alqueva, no Alentejo, como obra de interesse nacional, numa decisão publicada em Diário da República. Esta classificação, que surge após vários anos de desenvolvimento do projeto, reconhece a sua relevância estratégica para o setor agrícola e para o desenvolvimento económico da região.
O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) tem como objetivo principal a utilização dos recursos hídricos das bacias hidrográficas dos rios Guadiana e Sado, através da água armazenada na albufeira de Alqueva, com uma capacidade total de 4150 hm³. A infraestrutura abrange uma área de cerca de 120.000 hectares, distribuída por 12 concelhos e três distritos: Beja, Évora e Setúbal, transformando-a em zonas irrigadas que permitem a prática de uma agricultura mais produtiva e diversificada. Este projeto é composto por uma série de blocos de rega distribuídos por três subsistemas: Alqueva, Pedrógão e Ardila, que abastecem as diversas áreas com água necessária para o cultivo.
A classificação do Aproveitamento Hidroagrícola de Alqueva como obra de interesse nacional vem também sublinhar o impacto económico e social do projeto. Ao proporcionar uma reserva estratégica de água, o sistema de rega não só facilita a produção agrícola, como também contribui para a geração de energia hidroelétrica e para o crescimento de setores agroindustriais na região.
Esta classificação vem, por outro lado, colmatar uma lacuna que existia desde a aprovação do Regime Jurídico das Obras de Aproveitamento Hidroagrícola, garantindo que o Aproveitamento Hidroagrícola de Alqueva fosse oficialmente reconhecido pelo Estado como um projeto de elevado interesse nacional. Além disso, a medida está em consonância com os objetivos da Estratégia Água que Une, uma iniciativa do Governo para melhorar a gestão dos recursos hídricos e promover o desenvolvimento sustentável do território.
Foto: Turismo de Portugal