Nova dessalinizadora no Algarve garantirá 20% do consumo urbano de água

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A conclusão das obras está prevista para 2026.

Foi adjudicada a construção de uma dessalinizadora de água do mar no Algarve, localizada em Albufeira, numa cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro. Este afirmou que a assinatura do contrato representa um passo importante para Portugal, ao promover uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, com enfoque na retenção, armazenamento e poupança de água.

O projeto visa aproveitar a água do mar para fornecer água potável à região, uma fonte que até agora não estava disponível. A dessalinizadora terá capacidade para produzir 16 milhões de metros cúbicos (m³) de água por ano, o que corresponde a cerca de 20% do consumo urbano atual no Algarve, podendo chegar aos 24 milhões de m³ no limite máximo de produção. Luís Montenegro destacou a importância deste investimento para mitigar as situações de escassez de água que têm afetado a região, garantindo o abastecimento prioritário às populações e, em seguida, às atividades económicas essenciais para a qualidade de vida local.

A dessalinizadora faz parte de um investimento de 108 milhões de euros, inserido no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A conclusão das obras está prevista para 2026.

Em termos estratégicos, o Primeiro-Ministro mencionou a iniciativa “A água que une“, que visa melhorar os sistemas de abastecimento de água, tanto urbanos como agrícolas, com o objetivo de reduzir as perdas na rede, um problema significativo em várias regiões. Destacou também a necessidade de reutilizar a água residual tratada em certas atividades económicas e setores específicos, evitando o desperdício de recursos.

Para o Algarve, estão previstas outras medidas complementares, como a construção de uma conduta no Pomarão para reforçar a barragem de Odeleite, e a duplicação da interligação entre os sistemas de água do Barlavento e do Sotavento. A melhoria na monitorização e na gestão dos recursos hídricos é outra prioridade, com o compromisso de garantir uma governação equilibrada, a ser reforçado na cimeira Luso-Espanhola de 23 de outubro, onde se pretende assegurar uma partilha justa dos recursos entre Portugal e Espanha.

O Primeiro-Ministro sublinhou a importância de gerir a água de forma responsável, assegurando o abastecimento para uso humano e para sectores económicos vitais como a agricultura e o turismo, que são pilares fundamentais para a economia do Algarve. Realçou ainda que estes investimentos não devem ser vistos como uma solução definitiva, mas como parte de um esforço contínuo para uma utilização racional dos recursos hídricos, de modo a garantir a sustentabilidade futura.

Imagem: Águas do Algarve

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