O hidrogénio é uma das alternativas mais promissoras para alimentar aeronaves com emissões zero.
A Airbus revelou que está a desenvolver um motor de células de combustível alimentadas a hidrogénio. O sistema de propulsão está a ser considerado como uma das potenciais soluções para equipar as aeronaves Airbus de emissões zero, que entrarão ao serviço até 2035.
A Airbus começará a testar em terra e em voo a arquitetura deste motor, integrado no seu avião de testes ZEROe, até 2025. O avião de testes A380 MSN1 para novas tecnologias de hidrogénio está atualmente a ser modificado para transportar tanques de hidrogénio líquido e os seus sistemas de distribuição associados.
A Airbus identificou o hidrogénio como uma das alternativas mais promissoras para alimentar aeronaves com emissões zero, porque não emite dióxido de carbono quando gerado a partir de energia renovável, sendo a água o seu subproduto mais significativo.
Há duas formas de utilizar o hidrogénio como fonte de energia para a propulsão de aeronaves. A primeira, através da combustão de hidrogénio numa turbina a gás, podendo também ser utilizadas células de combustível para converter hidrogénio em eletricidade, a fim de alimentar um motor a hélice. Uma turbina a gás de hidrogénio também pode ser acoplada, utilizando células de combustível em vez de baterias, numa arquitetura híbrido-elétrica.
As células de combustível de hidrogénio montadas em conjunto vêem a sua potência aumentada, permitindo a escalabilidade. Além disso, um motor alimentado por células de combustível de hidrogénio não produz rastos de condensação nem óxidos de nitrogénio, oferecendo assim benefícios adicionais de descarbonização.
Foto de: Hervé Gousse