Air4All. Ventilador português sem fins lucrativos já tem protótipos em teste e aguarda certificação

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Tudo começou na cabeça de Pedro Monteiro, que, além de CEO da Morphis Composites com competências especiais na área da engenharia mecânica, é um triatleta conhecido pelo espírito solidário e pela resiliência.

Com o aparecimento da COVID-19, e ao observar a progressão da doença e o escalar de casos mais graves a necessitar de ventilação em outros países, Pedro Monteiro rapidamente percebeu que não existiam ventiladores disponíveis para compra em Portugal. Foi neste momento que, já com Miguel Loreto, consultor financeiro, decidem avançar com o projeto de criação e produção de ventiladores acessíveis.

Air4All

O ponto de partida era simples: desenvolver um aparelho que garanta a ventilação de doentes críticos atacados pela COVID e que, simultaneamente, fosse fiável, ao menor custo possível e que pudesse ser construído em massa em qualquer ponto do globo e em tempo útil, para ajudar a salvar o maior número de vidas possível.

Mais e mais pessoas foram-se juntando a este projeto, tendo até sido lançado um apelo no Facebook. E foi assim que a 13 de março nasceu o projeto Air4All, o sonho de um ventilador para que “Juntos Possamos Salvar Vidas”.

Em pouco tempo, o projeto juntava mais de 80 voluntários, desde investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, da Fundação Champalimaud e outras instituições, professores do Instituto Superior Técnico, médicos de diversas especialidades, enfermeiros, farmacêuticos, engenheiros, advogados, designers, empresas industriais e profissionais de outras áreas.

Em conjunto e numa corrida contra o tempo, iniciou-se o desenvolvimento de dois ventiladores de especificações acessíveis a todos (open source/código aberto): um de sistema pneumático, que pode ser ligado às plataformas de oxigénio e ar comprimido, e um outro, de sistema mecânico, que está a ser projetado como uma alternativa para ser usada em locais onde não existe ligação a sistemas de gases – como em lares e algumas ambulâncias.

Neste momento, os protótipos já estão em testes e os responsáveis do projeto estão em contacto com o Infamed para obter a notificação DM.

Assim que tiverem notificação, e no que diz respeito ao nosso país, a Air4All Portugal, com o apoio de várias empresas portuguesas (fábricas de injeção de plástico, de estampagem de chapas, de produtos hospitalares, fábricas de cablagens e de fabrico de PVC) tem condições para produzir, a baixo custo, 7 a 10 ventiladores por dia que serão oferecidos gratuitamente a todos os hospitais de Portugal.

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