Tudo devido às obras no aeroporto da Portela.
As palavras são do primeiro-ministro António Costa, que fez uma declaração pública após uma reunião sobre a metodologia para a construção do novo aeroporto com o líder da oposição, o presidente do PSD, Luís Montenegro, em que esteve também presente o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na qual foi combinada a metodologia para definir um local de construção.
“Numa fase, que espero que seja muito rápida, em que as obras de melhoria do aeroporto da Portela tenham lugar, vamos ter de utilizar também outras soluções aeroportuárias, desde logo na região, como seja, por exemplo, o aeródromo de Cascais, que pode ter capacidade para utilizar jatos privados, descomprimindo a Portela”, disse António Costa. E sim, as obras na Portela vão mesmo avançar em breve.
O Governo chegou a acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal, detida pela francesa Vinci, para dar início às obras de melhoria do Aeroporto de Lisboa, num investimento que deverá variar entre os 200 e os 300 milhões de euros.
De resto, e tal como já era sabido, a avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa, feita por uma comissão técnica independente e seguida por uma comissão de acompanhamento, deverá estar concluída até final de 2023.
O Primeiro-Ministro tem afirmando frequentemente que as grandes obras públicas devem ser definidas por acordo entre, pelos menos, os dois maiores partidos, para evitar alterações de orientação que prejudicam o desenvolvimento do país.
Assim, o Conselho de Ministros poderá aprovar nas próximas semanas a Resolução que criará a comissão técnica independente sobre o novo aeroporto de Lisboa e que o Primeiro-Ministro nomeará o seu coordenador geral.
“Se tudo correr bem, num dos dois próximos Conselhos de Ministros, o Governo aprovará essa Resolução. A solução encontrada prevê a constituição de uma comissão técnica independente que é designada de uma forma plural por um conjunto de entidades” e “a comissão de acompanhamento envolverá também um conjunto vasto de entidades”, referiu.