“A privacidade é uma cura muito boa, um valor absoluto, mas a vida é um bem supremo”, refere Sandro Camilleri, CEO da Matica Technologies

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As redes sociais trouxeram de volta o debate sobre a privacidade dos seus utilizadores. Os recentes escândalos que envolveram empresas como o Facebook colocaram em dúvida até que ponto os nossos dados estão seguros ao realizar um registo qualquer na Internet.

Sandro Camilleri

Além das redes digitais, muito se discute, também, a respeito da privacidade como indivíduos em locais públicos, por exemplo. Em Portugal e em vários outros países da Europa, é cada vez mais comum notar câmaras de vigilância espalhadas pelas ruas. Alguns queixam-se de viver num Big Brother da vida real.

Sandro Camilleri, empresário italiano e CEO e fundador da Matica Technologies, vê a segurança como o bem mais precioso. “A privacidade é uma cura muito boa, um valor absoluto, mas a vida é um bem supremo. Devemo-nos perguntar, enquanto comunidade, o que queremos priorizar.”

A Matica está no mercado tecnológico há mais de 20 anos e oferece produtos especializados em processamento e impressão de cartões de identificação e documentos para sistemas de segurança. “Para mim, em primeiro lugar, há a defesa da vida, e uma das maneiras de o fazer é garantir ferramentas de identificação digital confiáveis, como aquelas que produzimos todos os dias na minha empresa.”

O assunto é polémico, mas necessita de ser debatido, de acordo com Sandro Camilleri. “É um assunto delicado, que muitas vezes suscita dúvidas e preocupações sobre a questão da privacidade. Se, como Estado, não tenho meios para conhecer a sua identidade, como posso iniciar um processo que leve à sua integração? Por este motivo, cada país tem o direito de adquirir os meios para conhecer antecipadamente os dados das pessoas.”

Na opinião do CEO da Matica Technologies, a imigração deve ocorrer de forma legal e responsável, o que garante a integração entre povos e culturas diferentes de forma saudável. “Queremos um mundo fechado, baseado em barreiras, com fronteiras de ferro? Ou um mundo aberto, baseado na troca entre diferentes culturas, onde é possível mover-se com mais liberdade?”, questiona Sandro Camilleri.

O líder da Matica acredita ser necessário criar métodos não tão invasivos, que priorizem a privacidade das pessoas. “Em Shenzen – China – um incrível sistema de controlo foi recentemente aprovado e posto em funcionamento. Em cada semáforo, foram colocadas câmaras, num total de cinquenta e sete mil, capazes de reconhecer o rosto dos motoristas. Acredito firmemente que o nosso dever, no Ocidente, é fazer tudo o que é possível para evitar chegar a esse ponto e, portanto, devemos-nos equipar com ferramentas adequadas, minimamente invasivas, mas eficazes.”

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