Catarina Gonçalves, da Associação Bandeira Azul, revelou que um manual de regras para estes tempos excecionais deverá estar pronto em duas semanas. “Fiscalização vai ser difícil”, admite.
Já aqui tínhamos referido que o verão poderia ser diferente. Sendo espaços públicos, as praias vão ter de ser controladas/fiscalizadas. Não se sabe ao certo como isso irá acontecer, embora tenha de ser um esforço conjunto entre governo, autoridades e autarquias.
Certo, porém, é a elaboração de um manual de regras que começou a ser definido pelas autoridades marítimas e de saúde e que deverá estar pronto na primeira semana de maio.
“Começa logo pelo estacionamento”, diz Catarina Gonçalves, coordenadora nacional do programa Bandeira Azul, numa das muitas entrevistas que deu à comunicação social.
Neste caso, em declarações à Rádio Comercial, Catarina Gonçalves refere que muitos aspetos terão de ser avaliados. “Limitar o número de viaturas implica logo limitar o número de pessoas, que terá de ser avaliado dependendo da extensão da praia”.
“Em princípio, se se mantiver a mesma indicação que está a ser utilizada para fazer supermercados, etc, o distanciamento será de dois metros entre cada toalha/toldo/sombra. Mas obviamente vamos ter de aguardar as recomendações da Direção Geral de Saúde”, disse a responsável àquela rádio.
E como fazer para que essas recomendações sejam seguidas à risca? “Terá de ser um trabalho conjunto”, explica a coordenadora. “Das câmaras, juntas de freguesia, polícia municipal, polícia marítima… Ou seja, entidades que vão ter de intensificar esta fiscalização”.
Mas há muito por regulamentar. No manual de procedimentos de acesso à praia, que deve estar pronto em duas semanas, estarão regulamentadas normas referentes ao uso de esplanadas e à higienização das instalações sanitárias, das cadeiras anfíbias, das gaivotas, dos escorregas, dos chuveiros ou das espreguiçadeiras, entre outros. Basicamente, de todos os espaços públicos.
Aliás, em locais como esplanadas, os banhistas deverão ter mesmo de utilizar máscaras.
Estima-se que seja possível “fazer praia”. O objetivo é que a época balnear comece a 1 de junho, se existirem condições para tal, até porque este é um ano excecional.
Em todo o caso, espera-se que os cidadãos sejam “aliados” no cumprimentos destas regras.