A saída de Glenn Israel, uma das figuras artísticas mais antigas da série, acontece em vésperas da revelação de novos projetos da Halo Studios, antiga 343 Industries.
Glenn Israel, diretor de arte com 17 anos de trabalho na série Halo, anunciou a sua saída da Halo Studios, com a publicação de uma mensagem que deixou a comunidade com dúvidas quanto ao estado do estúdio. O artista, que começou na Bungie em 2008 e acompanhou a transição da franquia para a 343 Industries em 2010, afirmou que já não está “a contribuir para o universo Halo” e prometeu contar a sua história “quando for absolutamente seguro fazê-lo”, o que deverá acontecer apenas em 2026.
A declaração foi feita através do LinkedIn e contém uma série de conselhos dirigidos a outros profissionais da indústria. Israel escreveu que “nenhuma promessa de riqueza, fama ou poder vale a tua saúde, dignidade, ética ou valores”, apelando a quem o lê para “permanecer forte, guardar provas quando necessário e encontrar o seu lugar”. A escolha das palavras levou a interpretações sobre um possível desentendimento interno, embora o artista não tenha revelado pormenores.
Entre a longa lista de especulações do porquê da saída, destaca-se o investimento cada vez mais forçado na inteligência artificial, que já faz parte do desenvolvimento interno de jogos da Microsoft, numa medida de justificar parte dos 80 mil milhões de euros investidos pela companhia em 2025 nesse setor. Um argumento que entra em linha com os comentários de Israel e com a sua posição, enquanto diretor de arte.
Glenn Israel foi responsável por vários conceitos visuais da série, desde Halo 3: ODST até Halo Infinite, e tornou-se um dos nomes mais antigos da equipa. A sua saída acontece numa fase de reestruturação da Halo Studios, que no último ano abandonou o nome 343 Industries e confirmou estar a desenvolver novos projetos com recurso ao Unreal Engine 5. O estúdio vai marcar presença no Halo World Championship, no final de outubro, onde deverá apresentar novidades sobre o futuro da série.