EA Sports FC 26 – Review: O culminar de uma década

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EA Sports FC 26 é, finalmente, o jogo de futebol que todos temos pedido ao longo da última década, num culminar de atualizações e melhorias adicionadas ano após ano.

Se nos últimos anos cada novo FIFA, que eventualmente passou a ser EA Sports FC, se faz sentir como uma cópia melhor ou pior que a edição anterior, EA Sports FC 26 apresenta-se com confiança suficiente para alterar esse sentimento. Talvez o ano passado tenha sido o ano de transição que a Electronic Arts precisava, mas a verdade é que finalmente o estúdio decidiu ouvir os fãs e mudar o que precisava de ser mudado, trazendo alterações a modos que pareciam esquecidos e uma jogabilidade que realmente beneficiar quem quiser fazer boas jogadas ao invés de andar a dançar em cima da bola.

Mas antes de avançar com uma opinião mais aprofundada, é importante perceber o que EA Sports FC 26 realmente incluiu de novo nos seus modos, do popular Ultimate Team, ao modo carreira e sem esquecer o excelente Clubes Pro, algo que a própria EA parece fazer.

Na carreira destaca-se a adição dos live challenges ao modo de treinador, onde os jogadores terão que enfrentar cenários inspirados no mundo real, ou fictícios, para progredir na carreira. Já no modo de jogador foram adicionados 13 arquétipos baseados em jogadores icónicos que poderão ser desenvolvidos, algo que vem substituir o datado sistema de crescimento do jogador. E no novo Live Hub do modo carreira é possível ainda enfrentar alguns destes desafios com amigos.

No Clubes Pro, para além dos mesmos arquétipos, este modo recebe ainda o modo rush e novos desafios. Foram também introduzidos, no modo rush, novos controlos e níveis de assistência para quem escolhe seguir carreira como guarda-redes. Importa referir que o adicionar dos arquétipos faz com que a progressão do vosso jogador também seja agora vista de diferente forma. O modo apresenta-se com novos checkpoints para impedir que os jogadores fiquem presos numa divisão em que talvez precisem de mais treino para ficar. E, aqui, ao perderem alguns jogos poderão ser mandados de volta para a divisão inferior. O número de jogos vai sempre depender do checkpoint onde estão e o jogo avisa-vos quantos podem perder antes de descer de divisão.

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EA Sports FC 26 (Electronic Arts)

O Ultimate Team, composto por eventos e torneios em tempo real, inclui mudanças nos modos rivals e FUT Champions, onde agora se o adversário desligar o jogo durante um empate provavelmente a vitória cai para o vosso lado. Há novas evoluções também para guarda-redes e, claro, evoluções cosméticas, pois afinal de contas quem é que não gosta de cartas bonitas? Em Rivals passam a existir desafios que dão recompensas dependendo do resultado do jogo seguinte, não importando se é altura de receber as recompensas semanais ou não. É possível ganhar packs, pontos de qualificação para FUT Champions ou até saltar alguns dos patamares no caminho para o topo. Experienciar estas recompensas tem sido bastante positivo já que entrega outro tipo de motivação para fazer outro jogo, especialmente se com esse jogo vier um pack só porque ganha por dois golos ou mais.

Importa ainda referir que os playoffs para o FUT Champions deixaram de existir, agora ganham-se pontos e ao chegar ao valor necessário estamos automaticamente qualificados para a competição maior do modo Rivals. Foram também introduzidos o um novo modo Rush (4v4), onde através de objetivos semanais se podem ganhar recompensas, assim como alguns desafios fora do modo Champions, para que todos os jogadores possam usufruir de uma vertente mais competitiva mesmo quando não conseguem a qualificação para a competição de fim de semana.

Mas o melhor de tudo – e algo que me tem vindo a irritar profundamente desde há uns anos – são as melhorias na jogabilidade. A cada atualização/edição que passa, a jogabilidade tem vindo a mudar e a torna-se mais rápida, mais stressante e, por consequência, menos divertida. No entanto, a equipa da EA Sports decidiu agora oferecer, não um, mas dois modos de jogabilidade, quem podem ser alterados fora do modo Ultimate.

No modo Ultimate joga-se com o chamado Competitve Gameplay, onde os passes são mais rápidos, os remates de primeira também respondem de forma mais imediata, os jogadores tem maior controlo sobre a sua equipa, há necessidade de defender quando é preciso defender e de arranjar oportunidades para conseguir fazer jogadas com direito a golo. Do outro lado, temos o Authentic Gameplay, um modo de jogo concebido para quem se quer dedicar ao modo carreira, por exemplo, onde os defesas controlados por IA são mais inteligentes, conseguindo posicionar-se melhor, e os cantos, por exemplo, vão depender da taxa de sucesso – convertida com dados do mundo real. Tudo pode acontecer com este tipo de jogabilidade, com uma imprevisibilidade muito semelhante aos jogos na vida real.

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EA Sports FC 26 (Electronic Arts)

O que vou dizer agora vai certamente deixar alguns de vocês com pouca vontade de serem meus amigos, mas a verdade é que foi a primeira vez, desde que jogo Ultimate Team, que consegui construir uma equipa competitiva passado uma semana. Packs com Heroes, um Icon, cartas de 89 e, quase todas neste momento, são 85+ ou cartas com ratings mais baixos mais que atuam melhor que muitas das mais altas. Não partilho isto não para esfregar na vossa cara que tenho uma equipa decente, mas porque me parece que a probabilidade de cair uma boa carta nos packs é agora mais elevada que em anos anteriores. Para terem noção, um pack ouro normal, daqueles que custam 7500 moedas, conseguir tirar um hero que depois vendi por mais de 60 mil. Claro que a minha experiência não invalida o facto de que a EA deveria procurar outras alternativas aos jogadores sem que estes sintam necessidade de meter dinheiro real no jogo para abrir packs, mas fazendo de advogado do diabo, existem mais objetivos para fazer ao longo de cada uma das épocas, resultando assim em mais packs e tendo uma maior probabilidade de conseguir boas cartas. Só é pena todos estes packs que ganhamos através de objetivos nos deem cartas que não podem ser vendidas. Há que as usar em desafios de construção de plantel para então ganhar packs com cartas que podem ser vendidas.

Voltando à jogabilidade, parece-me que EA Sports FC 26, no seu modo competitivo, está a dar mais destaque a quem cria jogadas, a quem pensa o futebol e a quem consegue controlar cada um dos jogadores da sua equipa de forma perfeita. Embora ainda seja muito complicado defender passes longos nas costas da defesa, está menos complicado de o fazer, e correr pela ala já não resulta como no passado, pelo menos com a mesma percentagem de sucesso. Os movimentos atacantes pedem triangulações, mudanças de flanco e – embora as fintas bonitas ainda estejam bem presentes e sejam difíceis de defender, são agora menos necessárias para marcar golos. Já na defesa, e focando-me também no modo competitivo, é tudo muito mais manual. Há maior necessidade mudar de jogador e puxar mais ajuda para o movimento defensivo. E o jogo ajuda, claro, mas ou aprendem a defender, ou podem ver os vossos jogadores meio desnorteados. Finalmente, com as táticas pré-definidas, consegue-se ver diferença na forma como a inteligência do jogo controla e faz com que os vossos jogadores se mexam em campo, caso estejam a defender ou a atacar, ou a jogar tiki-taka ou pelas alas.

São pequenas alterações como esta última que apontei, que fazem com que EA Sports FC 26 seja um jogo muito melhor que as últimas edições de FIFA e, claro, do mais recente melhor FIFA que os últimos FIFAs que saíram e um muito melhor jogo de futebol que a entrada anterior, EA Sports FC 25. Resta agora saber se a EA Sports consegue segurar a bola daqui para a frente, com atualizações que efetivamente melhorem a experiência e não estraguem o que foi feito até agora, cujo resultado final é, sem dúvida, alguma o melhor jogo de futebol desta década, digno de ficar na história como um dos melhores jogos de futebol da EA Sports.

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Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela Electronic Arts.

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