System Shock 2: 25th Anniversary Remaster – Review: Viva a nova carne

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System Shock 2 surge de cara lavada com novas texturas em alta definição e controlos pensados para as limitações dos comandos, mas a estreia da sequela icónica nas consolas é tudo menos imperdível.

Talvez esteja a ser demasiado injusto quando admito que respeito System Shock 2, mas que tenho pouca vontade em voltar a jogá-lo. Estamos a falar de um dos videojogos mais icónicos dos 2000, um triunfo da Looking Glass Studios e um início para Kevin Levine e a Irrational Games, que viriam a expandir as mecânicas e sistemas introduzidos em System Shock 2 para criar Bioshock e as suas sequelas.

System Shock 2 é certamente um dos videojogos de ficção científica mais importantes do género, em tons de immersive sim, cujo aniversário deve ser celebrado por todos os amantes de videojogos, ainda mais agora que se estreia finalmente nas consolas. Mas System Shock 2 também é um videojogo com 25 anos e o tempo nunca para para ninguém.

Se adorei visitar a estação Von Braun e experienciar em primeira mão os twists de SHODAN e lutar contra as criaturas biomecânicas que assombram os corredores da estação, não consigo esconder o cansaço que se instalou ao longo das várias horas da sua campanha.

Apesar dos esforços da Nightdive Studios, que está novamente de parabéns por mais uma remasterização impecável e sem problemas técnicos, o menu continua a ser moroso e cansativo de manusear com o comando. O combate é demasiado simples e se não fosse pelo sistema de evolução, que nos permite expandir as habilidades das personagens – onde até podemos desbloquear poderes psiónicos -, os confrontos ainda seriam mais repetitivos. Existem sistemas e decisões de design que são frutos do seu tempo, e System Shock 2 é um jogo que prefiro respeitar e elogiar mais do que jogar.

Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela ÜberStrategist.

João Canelo
João Canelo
Crítico de videojogos, Guionista, Professor e o responsável pelo melhor mortal nas aulas de Educação Física em 2002. Um aficionado por jogos peculiares.
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