O projeto da Linha Violeta tem um investimento total de 677,5 milhões de euros e está previsto para ser concluído até 2029.
O Metropolitano de Lisboa lançou um novo concurso público para a construção da Linha Violeta, que ligará Odivelas a Loures através de metro ligeiro de superfície. Este projeto tem como objetivo ampliar a rede de transportes na região e está orçado em 600 milhões de euros, valor ao qual se acrescenta o IVA em vigor. A conclusão da obra está prevista para 2029 – a obra está imensamente atrasada – e os interessados têm 45 dias para submeter as suas propostas, a contar da publicação do anúncio no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE).
Além do montante base de 600 milhões de euros, o projeto envolve ainda um investimento adicional de 77,5 milhões de euros, destinados a custos com expropriações e aos serviços de revisão do projeto e fiscalização da obra.
O custo total da Linha Violeta foi agora revisto, passando a ser de 677,5 milhões de euros, após uma atualização de preços em relação ao estudo prévio realizado em 2023. Este aumento reflete as variações de custos registadas entre a conclusão do estudo e o momento de lançamento do novo concurso. O projeto será financiado através de várias fontes, incluindo o Plano de Recuperação e Resiliência, o Fundo Ambiental, o Banco Europeu de Investimento (BEI), fundos europeus e o Orçamento de Estado.
A Linha Violeta faz parte de um plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, cujo objetivo é melhorar a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa. O projeto resulta de um protocolo assinado em julho de 2021 entre o Metropolitano de Lisboa e as Câmaras Municipais de Loures e Odivelas. Estima-se que, no primeiro ano de operação, a linha transporte cerca de 9,5 milhões de passageiros, o que contribuirá para a remoção de 3,8 milhões de veículos das estradas e para uma redução de 4,1 mil toneladas de CO2.
Com uma extensão de aproximadamente 11,5 quilómetros, a Linha Violeta contará com 17 estações, sendo 12 de superfície, 3 subterrâneas e 2 em trincheira. Para além disso, será criado um parque de material e oficinas de apoio à operação, com uma área de 3,9 hectares. No concelho de Loures, a linha incluirá nove estações, que irão servir as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, ao longo de 6,4 quilómetros. Já em Odivelas, a linha terá oito estações, abrangendo as freguesias da Póvoa de Santo Adrião, Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, num percurso de 5,1 quilómetros.
O primeiro concurso público lançado para a Linha Violeta, em março de 2024, foi anulado, uma vez que as propostas apresentadas ultrapassaram, em média, cerca de 46% o preço base estabelecido. Como resultado, foi necessária uma atualização dos custos do projeto, o que implicou um acréscimo de 150,2 milhões de euros.
A Linha Violeta insere-se no plano de expansão do Metropolitano de Lisboa, que envolve investimentos superiores a mil milhões de euros. Além deste projeto, a construção da Linha Circular está a avançar para a sua conclusão e já foram iniciados os trabalhos preparatórios para o prolongamento da Linha Vermelha até Alcântara. O Metropolitano de Lisboa também participa na expansão do Metro Sul do Tejo, um esforço conjunto para melhorar a mobilidade na região.