Uau.
Na semana passada, a informação de que a FNAC iria adquirir o negócio da MediaMarkt em Portugal chocou os portugueses, o que basicamente significa que a gigante francesa passará a ter, em breve, lojas gigantes a nível nacional.
Já esta semana, a novidade é outra: a Live Nation Entertainment, a maior promotora de espetáculos do mundo, vai não só adquirir uma posição de controlo da Ritmos & Blues, promotora portuguesa fundada por Nuno Braamcamp e Álvaro Ramos nos anos 90, como também passará a controlar indiretamente a Arena Atlântico, dona da Altice Arena (que registou em 2022 o melhor resultado desde que foi inaugurada), a maior sala de espetáculos do país (sem contarmos com estádios, claro).
Esta operação, sobre a qual a Autoridade da Concorrência (AdC) já emitiu uma notificação, faz ainda referência a uma participação minoritária na MEO Blueticket, empresa de bilhética.
Ao Jornal de Negócios, fonte oficial da Altice Arena confirma que a “Live Nation Entertainment celebrou um acordo para adquirir uma participação maioritária na Altice Arena em Lisboa, Portugal”.
“As operações diárias na Altice Arena continuarão a ser lideradas pela sua equipa de gestão e pelos funcionários da Arena. Espera-se que a operação seja concluída logo que finalizados os procedimentos normais neste tipo de transação, incluindo a aprovação da Autoridade da Concorrência portuguesa. A aquisição de uma participação maioritária na Ritmos & Blues, um dos atuais acionistas da Altice Arena, foi parte integrante do acordo global”, diz ainda a mesma fonte.
Este é um acontecimento histórico, até porque a Ritmos & Blues foi a promotora que começou a tendência dos concertos de estádio em Portugal.
Com esta aquisição, que ainda terá de ser aprovada pela AdC, é provável que artistas que nunca tenham atuado por cá, ou que sejam atualmente muito caros, possam vir ao nosso país.
Recorde-se que a Live Nation já detém, por assim dizer, uma participação no nosso país, uma vez que é sócia maioritária do festival Rock in Rio Lisboa.