Com uma planificação aeroportuária flexível e escalável, o projeto está dividido por fases e pode mudar o país, promovendo o desenvolvimento económico e a coesão territorial, incluindo no interior.
Muito já se falou sobre um hipotético aeroporto em Santarém. Com os detalhes a serem desvendados de tempos a tempos, tivemos em novembro passado um primeiro vislumbre do Magellan 500, nome dado à estrutura.
Entretanto, e estando esta localização oficialmente integrada na lista da CTI (Comissão Técnica Independente), que pretende assegurar um processo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) participado, transparente, democrático e informativo até ao final de 2023, quando for altura de entregar um relatório ambiental com a decisão final sobre o futuro aeroporto do país, faltava por esta altura uma verdadeira apresentação pública do projeto… que aconteceu esta terça-feira, dia 11 de abril.
Desenganem-se aqueles que pensam que este projeto surgiu em poucos meses. Na verdade, a ideia para a construção de um aeroporto na região de Santarém foi criado e desenvolvido ao longo de 3 anos por um consórcio de empresas privadas nacionais em colaboração com os agentes locais. Este projeto foi depois validado e desenhado com a extensiva colaboração de empresas internacionais especializadas de referência.
“Com uma localização situada entre 2 das principais infraestruturas nacionais de transportes, a Autoestrada A1 e a Linha do Norte, o Magellan 500 proporcionará uma conectividade de excelência”, dizem os responsáveis no site oficial do projeto, que consideram que a possível localização da infraestrutura, a cerca de 30 minutos de Lisboa, “compara bem com os aeroportos de grandes cidades e 45 minutos de Coimbra”.
Outra mais valia da localização Santarém é que mais de 4 milhões de portugueses podem ficar com um aeroporto a pouco mais de uma hora das suas casas, algo que acabará por promover o desenvolvimento económico e a coesão territorial, incluindo no interior.
O Magellan 500 está pensado para cinco fases:
- Fase 1 – Uma pista e 10 milhões de passageiros por ano;
- Fase 2 – Uma pista e 10/20 milhões de passageiros por ano;
- Fase 2B – Uma pista e 20/32 milhões de passageiros por ano;
- Fase 3 – Duas pistas e 32/55 milhões de passageiros por ano;
- Fase 4 – Duas pistas e 55/75 milhões de passageiros por ano;
- Fase 5 – Três pistas e 75/100 milhões de passageiros por ano;
Se o Magellan 500 efetivamente avançar, acredita-se que o primeiro avião possa aterrar já em 2029. Este projeto é também apoiado pelos municípios de Santarém, Golegã, Torres Novas e Alcanena, cujo investimento inicial pode rondar os mil milhões e 1,2 mil milhões de euros, sem necessidade de investimento público.
De resto, se quiserem ajudar a decidir a localização do futuro aeroporto português, podem sempre passar por este link e ficar a par de todas as instruções.