Será que é desta que Portugal ganha um novo aeroporto?
Hoje, aquando lançamento da primeira pedra da construção de 70 fogos no Bairro Padre Cruz, em Lisboa, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que, com a recuperação do turismo, o Aeroporto de Lisboa poderá ter de recusar voos no próximo ano.
“Este ano, recusar voos ainda não. No próximo ano muito provavelmente atingiremos, esperamos nós, o melhor ano de sempre, que foi antes da pandemia, e aí começaremos novamente a ter problemas de recusa de voos”, disse o ministro.
De acordo com o Ministro, e tendo em conta que, desde maio, se sentem perturbações “de circulação, de fluidez e tempos de espera”, esses problemas serão agravados em 2023.
“Temos um problema que é estrutural, com um aeroporto que está esgotado e que precisa de uma resposta”, referiu Pedro Nuno Santos, considerando ser necessário que o país seja capaz de conseguir um consenso alargado para a sua concretização, de forma a assegurar que cada vez que muda um governo ou um ministro “não andamos para trás”.
Quando questionado sobre as longas filas de espera no aeroporto de Lisboa, o governante vincou que “o Ministério da Administração Interna já apresentou um plano de contingência, que vai estar em execução na sua plenitude a partir do início do mês de julho e esperamos que desse ponto de vista das filas ajude alguma coisa”.
Recorde-se que, no último domingo, os tempos de espera na área das chegadas do aeroporto de Lisboa ultrapassaram as três horas devido à “insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”, disse a ANA Aeroportos. De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), tal deveu-se um a pico de passageiros nas chegadas, provenientes de cerca de 3.000 voos, o que provocou “demoras acentuadas no controlo de fronteira”.
De resto, Pedro Nuno Santos indicou que, nos próximos dias, o Governo dará “mais informação sobre o aeroporto”.