E é aberto ao público.
O Centro Hiperbárico de Cascais disponibiliza pela primeira vez em Portugal a Oxigenoterapia Hiperbárica, uma terapêutica não invasiva, em câmaras monolugares e de forma livre para o consumidor. Esta técnica, muito utilizada por mergulhadores profissionais para combater a doença de descompressão, tem efeitos benéficos comprovados para diversos problemas de saúde e, até 2019, não se encontrava disponível fora do Serviço Nacional de Saúde, sendo recurso em casos muito excecionais.
Desta forma, as pessoas encontram ao seu dispor mais uma alternativa médica certificada para problemas tão dispares como: aceleração de processos de cicatrização, surdez ou cegueira súbitas, infeções bacterianas, queimaduras e edemas da pele, prevenção ou tratamento de lesões desportivas, prevenção de demência ou melhoria da qualidade de vida, com aumento de energia e resposta imunitária.
Situado na Avenida de Sintra, nº1135, o Centro Hiperbárico de Cascais dispõe de duas câmaras monolugares inovadoras que permitem realizar tratamentos médicos até 3 ATA. Estas câmaras são totalmente pressurizadas a oxigénio, por isso, não existe necessidade de utilizar máscara facial, o que permite a realização do tratamento num ambiente confortável para o doente.
Mas, afinal, o que é a Oxigenoterapia Hiperbárica?
A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) é uma modalidade terapêutica não invasiva na qual um paciente é submetido à inalação de oxigénio puro, com uma pressão maior do que a pressão atmosférica, dentro de uma câmara hermeticamente fechada e de paredes rígidas. Serve como terapia primária ou adjuvante para uma grande variedade de condições médicas. O uso da OHB no tratamento e cura de doenças desenvolveu-se nos últimos 100 anos e todos os dias há novos avanços na pesquisa científica.
A maioria dos benefícios da OHB é explicada pelas relações simples da física que determinam a concentração de gás, volume e pressão. A quantidade de um gás ideal dissolvido em solução é diretamente proporcional à sua pressão parcial. Assim, a concentração de oxigénio dissolvido no plasma de 0,3 mL/dL ao nível do mar (1 ATM), aumenta para 1,5 mL/dL após administração de oxigénio a 100%, enquanto o oxigénio hiperbárico com 3 ATM produz um teor de oxigénio dissolvido de 6 mL/dL. Esta característica permite à OHB ser utilizada em condições em que há pouco oxigénio como anemia grave, isquemias agudas e crónicas de tecidos e, especificamente, na intoxicação por monóxido de carbono (CO).
O oxigénio inalado a alta pressão é diluído no plasma sanguíneo, chegando a áreas do organismo que de outra forma seria impossível alcançar. Desta maneira, a elevada quantidade de oxigénio transportado pelo sangue constitui um medicamento genuíno com efeitos terapêuticos próprios.
Geralmente, este tratamento funciona como potenciador de efeitos de antibióticos e corticoides, reduz riscos de infeção, acelera processos de cicatrização, atua como anti-inflamatório, entre outros.
Como funciona a prescrição do tratamento?
O processo começa com uma marcação de consulta médica, onde o paciente passa por uma avaliação realizada por um médico que verifica a aplicabilidade e vantagem de um tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica. No início das sessões os pacientes são preparados com o protocolo a seguir e recebem roupa 100% algodão que deverá ser utilizada durante os tratamentos. As sessões são realizadas em dias úteis consecutivos e têm a duração de 1 hora, período durante a qual o paciente pode assistir TV/Netflix e é acompanhado por um enfermeiro.
Os preços são ajustados ao número de sessões necessárias: um pacote de 10 sessões tem um PVP de 1.700,00€ e de 20 sessões de 3.150,00€.
Tenho um sobrinho com cancro do pâncreas, que já esteve no Champalimaud e pergunto se o vosso tratamento pode ajudar?