Deverá estar pronto algures em 2025.
No ano passado, o Governo anunciou o lançamento do concurso para a concessão de exploração da 7.ª Bateria do Outão, onde também se inclui o Forte Velho do Outão, em Setúbal. O objetivo era que o imóvel, o 28.º imóvel colocado a concurso no âmbito do programa Revive, fosse concessionado por 50 anos para exploração com fins turísticos, fazendo por ali nascer um novo alojamento, fosse uma pousada ou hotel.
Mas afinal não vai ser bem assim. A 7.ª Bateria do Outão vai, efetivamente, dar origem a um novo projeto, mas não será um tipo de alojamento. Sabe-se agora que, ali, irá nascer um novo restaurante.
A informação foi avançada pela ECO, que falou com alguém do Turismo de Portugal, num projeto que foi concessionado à Real Bolhão, empresa de restauração do Porto. Desta forma, a companhia terá de requalificar um imóvel inserido numa área total de 6.909 m2, estimando-se uma abertura deste restaurante algures em 2025.
Outra alteração está no valor da renda. No ano passado, aquando do anúncio do concurso de concessão, o Governo mencionava uma renda mínima anual de 130.987,32€. Sabemos agora que, neste caso, a renda anual será de 201.000,00€.
Mas uma coisa é certa: A localização privilegiada, com fantásticas vistas para o estuário do Sado, a península de Troia e a serra da Arrábida, constitui uma mais-valia para o desenvolvimento de um novo restaurante.
A 7ª Bateria do Outão
Para se perceber a importância histórica deste imóvel, refira-se que, após a Segunda Guerra Mundial, uma comissão luso-britânica desenvolveu um plano de defesa costeira da região de Lisboa, conhecido por Plano Barron, que, entre 1948 e 1958, tornou operacionais as baterias fixas instaladas ao longo das margens dos rios Tejo e Sado e da Península de Setúbal.
Localizada na encosta da Serra da Arrábida, a 7.ª Bateria do Outão era o sétimo reduto de defesa da costa marítima portuguesa, dando proteção à foz do rio Sado e reforçando o poder de fogo das 6.ª e 8.ª baterias.
Ficou operacional em 1954, constituída por três baterias de 152mm da marca Vickers (de fabrico inglês, com um alcance de cerca de 35 km), pelo antigo Forte Velho de Outão e pelo aquartelamento construído no Forte. Cessou atividade em 1998, encontrando-se sem utilização desde o seu encerramento e desmantelamento.