Marquem uma mesa com amigos e divirtam-se.
Depois da abertura do La Susy by Chakall, em Gaia, que é não só uma homenagem à sua mãe, mas também uma homenagem ao seu país de origem e às suas raízes, o chef Chakall foi desafiado a abrir um outro conceito, desta vez na cidade do Porto.
O chef argentino uniu-se ao empresário nortenho Miguel Camões, responsável pela gestão de outros espaços incontornáveis na Baixa do Porto, incluindo a The Gin House, a Vermeturia da Baixa, o The Royal Cocktail Club e o recém-aberto Asia Connection para, em conjunto, fazerem nascer o Zapata by Chakall. Na cidade Invicta, é o único restaurante com a assinatura do conhecido chef.
Como um bom chef que se preze, Chakall tem vivências de vários países, como do México, onde chegou a cozinhar, nem que fosse para showcookings e outros eventos. Daí surgiu a inspiração para os sabores mexicanos da carta do gastrobar Zapata, mas onde não podiam faltar, claro, as empanadas e outros pratos da América Latina.
Aberto na Rua Cândido dos Reis desde maio de 2022, o Zapata deve o nome a uma figura importante da história do México, Emiliano Zapata, líder na Revolução Mexicana de 1910 contra a ditadura de Porfírio Diaz, sendo considerado, até hoje, um dos heróis mexicanos.
Muito bem localizado na cidade Invicta, o Zapata by Chakall é daqueles spots que facilmente se descobrem num passeio pela cidade, ou não estivesse localizado numa zona de bares que se enche de centenas de pessoas nas noites quentes de fim de semana. Por exemplo, está a pouquíssimos metros do recentemente renovado Grande Hotel Paris by Stay Hotels. E desde logo, um conselho: não andem no Porto com a vossa própria viatura. Não é aconselhado, muito menos numa altura em que a cidade está com várias obras graças ao Metro do Porto.
Assim, seja numa ida a pé ou com recurso a um veículo TVDE, irão chegar ao Zapata e entrar pela porta de embarque para uma viagem pelos recantos e sabores típicos do México. E sendo a nossa primeira vez, provámos um pouco de tudo – exceto as Empanadas, agora é que reparámos nessa falha…
O menu, honestamente, é o sonho para quem é adepto destas comidas mais calientes. Imperdível é, por exemplo, o Ceviche de Salmão (com molho de soja, óleo sésamo, coentro, cebola roxa, abacate, manga, milho frito e sumo de lima), dos melhores que já provámos, havendo também na versão Camarão, com outros ingredientes.
Outra coisa que não devem perder é a Chalupa, com três unidades de Tortilha de milho recheadas de queijo mozzarella, costela de boi desfiada, cebola, malagueta e cebolinho; as Chilaquiles en salsa de frijole con totopos (frango, puré de feijão, gotas de sour cream e totopos); a Cochinita (banana da terra frita, porco desfiado, picles de cebola roxa e sour cream); as já mencionadas Empanadas, nas versões Normanda (queijo brie com cebola caramelizada e enchidos) e Publerina (servido com carne de vaca moída picante) e, claro, os Nachos com dip de guacamole, pico de gallo, queijo cheddar e crema ácida. E atenção que ainda só estamos nas entradas.
Nos principais, que nem são assim muitos, destaca-se o Mole Poblano com frango (que leva molho de chocolate amargo e amêndoa) – proposta curiosa, ainda que não tenhamos provado – e, por exemplo, o Aguachilli (leche de tigre, camarão, nozes pecan, maçã verde e óleo de coentro).
No entanto, as estrelas de serviço são mesmo os tacos com massa de trigo, bem como as quesadillas e burritos. Tal como noutros estabelecimentos do género, o cliente opta pelo formato preferido. Da nossa parte – e atenção que é uma preferência pessoal – os burritos ficam para último plano, pelo que tendemos a preferir tacos – especialmente se forem crocantes – e as deliciosas quesadillas.
Por exemplo, podem pedir tacos/quesadillas/burritos de Al Pastor, Chorizo, Frango, Vegetariano, Chili, Porco BBQ, Camarão e Alambre de Frango. Depois existem três opções exclusivas nos tacos: Nana Diosa (com cogumelo portobello, cogumelo Shimeji, rúcula, maionese sriracha), Islandês (com Bacalhau fresco panado em panko, maionese de alho negro, espinafre, cebola roxa) e Char (Salmão, jalapeño, molho teriyaki, amêndoa, pepino, picles de cebola roxa, sementes de sésamo e cebolinho).
Ficaram surpreendidos com os tacos de bacalhau fresco panado? Nós também. E podemos dizer que foram dos nossos preferidos! Também devorámos, e com gosto, os tacos Char – fabulosos, com a mistura entre o molho teriyaki e amêndoa a fazer sucesso, mesmo tendo em conta o elemento picante do jalapeño. Já nos Burritos, foi impossível resistir ao clássico Al Pastor. Também não pudemos resistir a umas quesadillas Porco BBQ, com um molho sem ser demasiado doce, como já apanhámos por aí.
Numa refeição animada e partilhada entre quase pessoas, ótimas bebidas acompanharam-nos ao longo do jantar, como os clássicos Mojitos, aqui nas versões Mirtilo-Manjericão (Bacardi Carta Blanca, Cordial de Mirtilo e Manjericão, Lima e Água com gás) e Maracujá (Plantation Original Dark, Maracujá, Lima, Açúcar e Água com gás); a Zapatada, cocktail de assinatura com Limão, Cointreau, Tequila, Cerveja sol (sabor da cerveja bastante dominante para o final, e pela foto percebem o porquê); e, claro, a fabulosa sangria Cantarito (Espumante Bruto, Tequila, Triple Sec, Toranja e Clementina). Aliás, fez tanto sucesso que, na noite seguinte, ainda bastante quente, voltámos ao Zapata só para beber esta maravilha.
Para a despedida em beleza, três sobremesas: Flan de Coco (com coulis de manga), Tricolate (Bolo mousse de cacau, gelado chocolate belga, telha de chocolate de leite) e, naturalmente, os Churros com ganache de doce de leite. Não terão sido os melhores churros que comemos, mas aqui, o destaque vai claramente para o Tricolate, pois com tanto chocolate, é uma sobremesa que, mesmo assim, não é nada enjoativa! Os nossos parabéns.
Se quiserem uma noite de “fiesta”, já sabem onde ir. O Zapata by Chakall está a funcionar de domingo a quinta-feira, das 18h às 02h, e às sextas e sábados, até às 02h30. Para reservas (recomenda-se vivamente), basta ligarem para o 222082192.
Fotos de: Joana Cabral
