XXL – A marca mais familiar do Grupo Olivier

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Por ali come-se bem, partilham-se histórias e criam-se memórias.

A história do XXL explica-se facilmente. O icónico espaço, na altura apenas XL, localizado em frente à Assembleia da República, foi criado por Vasco Gallego em 1994 e era muito direcionado a políticos, artistas, jogadores de futebol e outras figuras públicas da nossa praça. Tinha, portanto, uma clientela muito selecionada, sendo conhecida como a “casa dos soufflés”, até porque era uma das poucas casas lisboetas a servir soufflés. E muitos.

27 anos depois, chegou a pandemia e o XL foi um dos restaurantes bastante afetados por todas as restrições derivadas. E mesmo tendo fechado, a história não ficou por aí… graças a Olivier da Costa. O conhecido restaurateur tinha o sonho de assumir a gestão do XL e, daí ao fecho do negócio com Vasco Gallego, foi uma questão de dias.

Olivier da Costa pegou no conceito, “lavou a cara” ao restaurante e transformou a casa, não deixando, no entanto, morrer a essência do XL. Daí o nome ser XXL e não outro qualquer – mas basicamente a inclusão do X serviu para se demarcar do XL e acrescentar algo novo. Como se fosse uma versão 2.0. Isto tudo aconteceu em 2021.

Com essa nova vida, também a carta sofreu alterações, começando a demarcar-se um pouco dos soufflés (mas mantendo um, o Soufflé Doce de Leite), e apostando em opções como o Croquete de Rabo de Boi, Bife XXL, Bife Café Paris e Bitoque de Lagosta. E por falar em Bitoque de Lagosta, ex-libris da casa, basicamente a ideia de Olivier da Costa era ter um prato com lagosta no XXL, embora não sendo uma marisqueira, e, durante um convívio com amigos, fechou-se na cozinha para criar um prato fora da caixa. Reza a lenda que, 40 minutos depois, criou este prato de assinatura, já famoso no espaço.

Já em 2022, menos de um ano após o relançamento do icónico restaurante, a carta recebeu novidades. E no ano passado também surgiram novos pratos, isto tudo para dizer que a carta vai, de 6 em 6 meses, mais coisa menos coisa, recebendo novidades. Mas há uma base e há pratos que não saem do menu.

Aquando da nossa visita, que aconteceu finalmente neste mês de janeiro, vimos casais, almoços de família, almoços de amigos… sendo que o XXL pode até ser reservado para eventos privados.

Ainda e sempre um bistrô chic, o XXL adota, na carta elaborada por Olivier, sabores tradicionais, mas também vários originais desenvolvidos pelo autor de conceitos como o Yakuza by Olivier e o SEEN. E a verdade é que, surpreendendo na conjugação de sabores, cumpre o desígnio de ser o mais dinâmico dos sete conceitos criados por Olivier da Costa.

Tudo começa da melhor forma com o couvert, no qual surgem algumas variedades de pão, manteiga, fuet (linguiça catalã fina e curada a seco de carne de porco em tripa de porco, coberta com mofo branco comestível – semelhante ao salame) e, imagine-se, pães de queijo. Em tantos restaurantes que já experimentámos, não nos lembramos de um único que tenha surpreendido desta forma. E sim, estavam maravilhosos!

Já nas entradas, as opções são variadas. Podem, por exemplo, optar pelos Croquetes de espinafres com molho de parmesão e manjericão, pelos Escargots com manteiga de ervas, pelo O Ovo (ovo em cama de puré trufado com quatro variedades de cogumelos) ou pelas Gambas à Guilho (camarão 16/20 com alho, malagueta e manteiga de ervas). Ou podem simplesmente seguir as nossas escolhas: Folhado de queijo de cabra (queijo chèvre, compota de abóbora e nozes) e Carpaccio de carne XXL com pesto e queijo pecorino trufado.

O folhado de queijo de cabra estava cozinhado na perfeição, pelo menos para mim, que também não aprecio folhados cuja massa se desfaz toda assim que pegamos nos talheres, estando naquele ponto em que fica meio cozido, meio estaladiço, com uma dose generosa de queijo chèvre no interior. Generosa também é a compota de abóbora, guarnecida com pedacinhos de nozes, que fizeram um ótimo pairing com esta entrada. Já o Carpaccio XXL também nos agradou, dando perfeitamente para reparar que a carne tem, efetivamente, muita qualidade.

Após este capítulo, as atenções irão dividir-se ou pelos pratos de carne… ou pelos de peixe. E não, não há pratos vegetarianos – nem é esse o conceito do XXL.

Assim, na carne, têm oito opções, que podem ir desde o Entrecote Café Paris (Entrecôte simmental de 200gr com molho café de Paris) ao Magret de Pato com redução de vinho do Porto, passando pelo Pica-Pau de Lombo de novilho com molho de carne e mostarda, pelo Bife XXL (bife do lombo de 200gr com molho Olivier), Entrecôte com chimichurri ou pelo Bitoque do Lombo (com arroz branco, batata portuguesa e ovo).

Já nos pratos de peixe, há metade da oferta, ou seja, quatro propostas: o tão português Bacalhau à Lagareiro (com cebolada e pimentos assados), Picanha de Tamboril (Lombo de tamboril com Beurre Blanc e pico de galo), Rigatoni com molho champanhe e camarão (Massa Rigatoni envolta num delicioso molho de Champanhe, natas e com camarão à mistura) e o já mencionado Bitoque de Lagosta, guarnecido com arroz e batata frita.

Como não somos fãs de marisco ou moluscos, e o nosso palato não pedia bacalhau, as nossas opções foram o Bitoque do Lombo e o Entrecote Café Paris. Em ambas as opções, uma coisa é certa: a proteína animal é fantástica.

Embora numa dose algo reduzida, mas com muita guarnição, o Bife do Lombo teve a nossa preferência, pois estava cozinhado no ponto e cortar cada fatia dava uma satisfação incrível. Já o Entrecote Café Paris, honestamente preferia mal passado – não me perguntaram e eu também não me lembrei de pedir assim o ponto da carne, confesso. Atenção, estava média-mal passada, logo mais que apta para dar ao cliente, mas é sempre preferível vir mal passada, ainda que a qualidade da carne esteja lá.

O que me “desiludiu” acabou por ser o molho, com demasiado açafrão, quando esperava um molho mais assente em ervas aromáticas e especiarias, tal como já provei noutros espaços que deram o nome de “Paris” aos seus pratos. São gostos.

Apenas com espaço para uma sobremesa, foi com pena nossa que não pedimos a Fatia Dourada, confecionada com massa brioche e acompanhada de um indulgente gelado de baunilha. Também não pedimos os Profiteroles, nem a gulosa Mousse de KitKat, que devorámos há pouco tempo no Yakuza. Por isso, a nossa escolha recaiu, naturalmente, pelo único soufflé que se mantém na carta: o Soufflé Doce de Leite. Maravilhosamente equilibrada por gelado de goiaba, esta sobremesa é basicamente uma baba de camelo… mas acabada de sair do forno. É difícil acreditar que alguém possa não gostar.

Antes de nos despedirmos, referir que, a pensar naqueles almoços mais apressados de semana, há um menu executivo para almoço que, por 18€, inclui couvert, prato principal, água e café. Já de segunda a domingo há menus especiais a 25€, com propostas diferentes todos os dias, onde se pode apreciar uma Feijoada de Gambas e Choco (segunda-feira), Favas com Entrecosto (terça-feira), Picanhada (quarta-feira), Bacalhau à Brás (quinta-feira), Cozido à Portuguesa (sexta-feira e sábado) e Feijoada à brasileira (domingo). Seja à portuguesa ou à brasileira, o XXL tem a solução para os almoços de família ao fim de semana, com muita comida de conforto… e não só.

Localizado na Calçada da Estrela, o XXL está aberto todos os dias da semana, sendo que o horário pode variar consoante o dia. Para reservas, podem reservar diretamente pelo site oficial ou, então, ligando para o 911807513.

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