Até aqui era possível desbloquear três equipamentos por ano, mas a empresa chinesa limitou agora a um único desbloqueio por ano, por utilizador.
A Xiaomi alterou recentemente a sua política de desbloqueio de bootloader, uma medida que visa, sobretudo, reforçar a segurança dos seus dispositivos. Até então, a marca permitia o desbloqueio de até três dispositivos por ano, mas, com a mudança, essa possibilidade foi reduzida para um único dispositivo anualmente. A medida aplica-se globalmente e é retroativa, o que significa que os utilizadores que já desbloquearam um dispositivo nos últimos 12 meses terão que aguardar até que esse prazo expire para realizar novo desbloqueio.
Mas o que é o bootloader?
O bootloader é um componente crucial para os utilizadores que procuram personalizar os seus dispositivos. É o primeiro programa a ser executado ao iniciar o dispositivo, permitindo que o sistema operativo seja carregado e o hardware seja ativado. Para quem é mais experiente, o desbloqueio do bootloader oferece a possibilidade de instalar ROMs personalizadas, obter permissões de root e explorar novas versões de software, algo muito procurado por programadores e entusiastas de tecnologia. Contudo, com a nova política da Xiaomi, essas práticas tornam-se mais limitadas, uma vez que o número de dispositivos com bootloader desbloqueado é agora reduzido.
Embora a empresa não tenha explicado oficialmente as razões para essa mudança, é possível que a principal motivação seja a segurança. Limitar o desbloqueio do bootloader ajuda a reduzir o risco de atividades não autorizadas e prejudiciais aos dispositivos, o que contribui para proteger os utilizadores e garantir o uso de software certificado. Para além disso, a Xiaomi pretende garantir que os dispositivos utilizem apenas software oficial, o que facilita a distribuição de atualizações e assegura a estabilidade do sistema.
Para programadores e utilizadores que dependem da personalização de dispositivos, essa mudança pode ser vista como um obstáculo. A flexibilidade de desbloquear múltiplos dispositivos permitia testar diferentes ROMs e configurar os dispositivos de várias formas. Agora, com a restrição a apenas um desbloqueio por ano, esses processos tornam-se mais desafiadores. Para as comunidades que trabalham com ROMs personalizadas, essa mudança também poderá acarretar mais atrasos na criação e distribuição de novas versões de software.