O Xring O1 não vai tornar a Xiaomi totalmente independente, e continuará a colaborar com a Qualcomm.
A Xiaomi protagonizou um dos anúncios mais marcantes da Computex 2025, ao revelar oficialmente o Xring O1, o seu primeiro processador concebido internamente. Trata-se de um passo estratégico de grande significado para a gigante tecnológica chinesa, que entra assim no restrito grupo de fabricantes com capacidade para desenvolver os seus próprios SoC (System-on-Chip).
De acordo com os primeiros dados divulgados, o Xring O1 posiciona-se como uma alternativa de peso no segmento de alto desempenho, com resultados em benchmarks que sugerem uma performance competitiva com o Snapdragon 8 Gen 3 (lançado em 2024), embora ainda abaixo do Apple A18 e M4.
O novo chip da Xiaomi integra um total de 10 núcleos, distribuídos da seguinte forma:
- 2 núcleos de elevado desempenho a 3,9 GHz
- 4 núcleos Cortex-A725 a 3,4 GHz
- 2 núcleos Cortex-A720 a 1,9 GHz
- 2 núcleos Cortex-A520 a 1,8 GHz
Para o processamento gráfico, a Xiaomi optou por um GPU Immortalis G925 da ARM, equipado com 16 núcleos. De acordo com os testes iniciais, este GPU apresenta um desempenho gráfico bruto superior ao dos concorrentes diretos no universo Android, ficando apenas atrás das soluções Apple Silicon.
Apesar de o Xring O1 ser apresentado como um chip desenvolvido “internamente”, a Xiaomi não percorreu este caminho de forma isolada. A marca chinesa renovou recentemente a sua parceria com a Qualcomm, que continua a fornecer componentes essenciais como modems 5G e chips Wi-Fi. Este reforço da colaboração confirma que o Xring O1 será provavelmente limitado a modelos topo de gama, enquanto os restantes smartphones da Xiaomi continuarão a contar com soluções Snapdragon, garantindo compatibilidade total e desempenho consistente nas diferentes gamas.
Espera-se que os primeiros smartphones com o Xring O1 sejam apresentados ainda este ano, com mais detalhes técnicos e comerciais a serem revelados nos próximos meses.