Xiaomi 15 Ultra – Review: Ultra smartphone com ultra câmara

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Com esta nova geração do seu modelo Ultra, a Xiaomi conseguiu corrigir quase todas as pequenas falhas do seu antecessor, elevando o Xiaomi 15 Ultra a um dos melhores fabricados pela marca.

Oficialmente anunciado na Mobile World Congress 2025, o Xiaomi 15 Ultra chegou ao mercado nacional no passado mês de março posicionando-se como o mais recente smartphone topo de gama da fabricante chinesa. E tal como nos outros anos, o equipamento foi desenvolvido em colaboração com a Leica na parte ótica, e com o contributo da Sony, que forneceu o seu impressionante sensor de uma polegada.

Xiaomi 15 Ultra 15
Xiaomi 15 Ultra

Já nas gerações anteriores se notava muitas diferenças entre o modelo Ultra e o seu “irmão” mais pequeno, e o mesmo acontece com o Xiaomi 15 Ultra, que é muito diferente do Xiaomi 15. Os dois apresentam designs diferentes, visíveis sobretudo na forma dos módulos fotográficos. O Xiaomi 15 Ultra assume um estilo claramente premium, ainda mais do que o modelo base. Em relação aos primeiros modelos da linha Ultra, a Xiaomi conseguiu um melhor equilíbrio de peso no equipamento. Já não se sente o “peso extra” do módulo fotográfico. Apesar de este continuar espesso, o novo acabamento e o anel decorativo que simula um anel de focagem ajudam a torná-lo visualmente mais discreto – e confesso que gostei muito dessa escolha. O manuseamento é agradável, já que o seu contorno é feito em alumínio reforçado, com uma ligeira saliência que envolve parcialmente a traseira — algo que já tínhamos visto no Xiaomi 14 Ultra.

Na frente, o design é mais convencional, com um ecrã ligeiramente curvo nas quatro bordas (2.5D). As margens são bastante finas. O painel OLED, com 6,73 polegadas e proteção Xiaomi Shield Glass, é resistente e oferece boa fidelidade de cores, com contrastes definidos. A taxa de atualização é adaptativa, variando entre 1Hz e 120Hz, e a definição WQHD+ garante uma densidade de 522 ppi. Em termos práticos, a diferença face a um ecrã Full HD+ não é sempre percetível, mas a qualidade geral é muito elevada. Não é o ecrã mais brilhante do mercado, mas durante os testes não verifiquei qualquer limitação.

A nível sonoro, o Xiaomi 15 Ultra mantém a configuração estéreo de dois altifalantes. O som é limpo e não distorce, mas continua a faltar profundidade nos graves, com tendência para os agudos. Para conteúdos multimédia, a qualidade é mais do que suficiente. Como seria de esperar, o equipamento conta com suporte para o Dolby Atmos.

Do lado do software, o Xiaomi 15 Ultra vem equipado com o Android 15 e a interface HyperOS 2.0. À primeira vista, as diferenças face à versão anterior são mínimas. Continuam presentes alguns elementos menos agradáveis, como notificações excessivas, aplicações pré-instaladas em demasia, publicidade e caixas de diálogo algo intrusivas. No entanto, após uma configuração inicial e a escolha de uma página principal com gaveta de aplicações, a experiência aproxima-se bastante da do Android puro — algo que me agrada bastante. Para quem prefere uma abordagem semelhante à do iPhone, com todas as aplicações no ecrã principal, essa opção também está disponível.

E como seria de esperar em 2025, as funcionalidades baseadas em inteligência artificial estão integradas, especialmente aquelas que são fornecidas pela Google através do Gemini. Mas nem todas as funcionalidades inteligentes foram fornecidas pela Google, já que a Xiaomi conta no seu portefólio muitas aplicações muito interessantes, onde as que mais se destacam são:

  • Notas: Resumo de IA, Layout por IA, Tradutor por IA
  • Galeria: AI Image Expander, AI Magic Eraser Pro, AI Movies, AI Editor
  • Gravador: Suporte transcrição de voz para texto, reconhecimento de orador, geração de resumos e tradução
  • Legendas de IA: Transcrição em tempo real, Tradução por IA
  • Intérprete de IA: Traduzir conversas em tempo real cara a cara, durante videochamadas ou chamadas telefónicas
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Em termos de desempenho, o Xiaomi 15 Ultra posiciona-se como um verdadeiro topo de gama, com o processador Snapdragon 8 Elite. Este SoC da Qualcomm já é bem conhecido e oferece mais potência do que a maioria dos utilizadores necessita no dia a dia. Jogos exigentes como Genshin Impact, COD Warzone Mobile ou Diablo Immortal são executados com fluidez total, mesmo a 120Hz.

A sua bateria conta com 5410mAh e apresenta um excelente desempenho. Em prática, estas características permitem um dia inteiro de utilização intensiva, embora longe dos dois dias ideais. Em standby notei também algum consumo mais elevado do que seria desejável, mas é provável que futuras atualizações de software tragam algumas melhorias nesse sentido. E quando é preciso carregar, esse é um dos seus pontos fortes: com fio, atinge os 90W, permitindo carregar dos 0 aos 100% em menos de uma hora; sem fios, o carregamento é igualmente impressionante, com 80W, bastando cerca de 50 minutos.

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Xiaomi 15 Ultra

E como não podia deixar de ser, graças à parceria com uma fabricante de renome, a Xiaomi voltou a colocar a fotografia no centro das atenções. Embora o módulo fotográfico se assemelhe ao do modelo anterior, foram feitas alterações bem-vindas. O Xiaomi 15 Ultra integra um sensor principal Sony LYT-900 de 50MP (o mesmo do ano passado), desenvolvido em parceria com a Sony. Este sensor tem uma polegada de tamanho — considerado o mais pequeno dos grandes sensores no mundo da fotografia. E tal como nos modelos anteriores, é utilizado o sensor completo de 50MP, com fotos finais de 12,5MP através da tecnologia Pixel-Binning 4-em-1. Para além disso, este ano a abertura variável deu lugar a uma abertura fixa de f/1.6, mais estável e eficaz em diferentes distâncias focais.

No sensor ultra grande angular, temos um sensor de 50MP com abertura f/1.8. A primeira teleobjetiva também conta com 50MP, uma lente de 75 mm, zoom ótico de 3,2x e abertura f/1.8 — bastante luminosa para uma teleobjetiva. A maior novidade deste ano está na teleobjetiva periscópica, que agora conta com um sensor de 200MP, zoom ótico de 4,3x e abertura f/2.5, mantendo a boa luminosidade. Esta resolução elevada permite maior precisão ao utilizar zoom digital.

Com este conjunto, o Xiaomi 15 Ultra é um smartphone extremamente competente em fotografia e vídeo. O tratamento de cores da Leica continua a impressionar, mesmo que os puristas apontem alguma distorção de imagem. Fiquei particularmente satisfeito com os filtros Leica, como o famoso preto e branco, que tira excelente partido do sensor de 1 polegada, e em condições ideais de luz, os resultados são verdadeiramente impressionantes. Notei, no entanto, que o sistema pode ser um pouco sensível demais, levando a exposições inconsistentes em algumas situações. Ainda assim, o desempenho global é coerente entre todas as câmaras. O sensor ultra grande angular e as duas teleobjetivas produzem imagens detalhadas e nítidas. Só com zoom digital se nota a tendência da Xiaomi para acentuar a nitidez, o que pode resultar em imagens algo artificiais ou cores demasiado saturadas. O Xiaomi 15 Ultra é também um dos poucos smartphones que incentiva verdadeiramente à utilização do formato RAW. Os ficheiros têm uma faixa dinâmica mais ampla e são ideais para pós-processamento em programas como o Lightroom.

Na câmara frontal, não houve evolução em relação ao ano passado, mantendo o sensor de 32MP, que apresenta qualidade aceitável para selfies, com bons detalhes e contraste, mas está claramente abaixo do desempenho do conjunto traseiro. Nos meus testes, notei, por exemplo, algum excesso de nitidez, que é típico dos sensores mais pequenos. Já em vídeo, a Xiaomi volta a apresentar um excelente desempenho, com imagens nítidas e bem definidas. É possível filmar até 8K a 24FPS, embora esta funcionalidade tenha pouco impacto prático imediato. E a estabilização, que tem melhorado todos os anos, ainda fica ligeiramente atrás de alguns modelos líderes de mercado, mas numa utilização normal, não se notará nada de anormal.

Xiaomi 15 Ultra 1
Xiaomi 15 Ultra

Com esta nova geração do seu modelo Ultra, a Xiaomi conseguiu corrigir quase todas as pequenas falhas do seu antecessor. Este ano, apostou em pequenos desenvolvimentos, pelo que mudar de smartphone de uma geração para outra provavelmente não será justificado, mas ainda assim, o Xiaomi 15 Ultra é um verdadeiro sucesso. Obviamente, ainda conta com algumas pequenas falhas, mas estão mais relacionadas com o software do que com qualquer outra coisa, o que significa que a Xiaomi é capaz de corrigir esses aspetos.

Poderia ter mais alguns pontos menos positivos dignos de mencionar, mas felizmente não os tem, o que faz com que o Xiaomi 15 Ultra se atire para o top dos três melhores smartphones que temos no mercado, não sendo por acaso que custa 1299,99€. Não sei se ficará em 1º, 2º ou 3º, não me cabe a mim decidir isso já que tudo depende de gosto pessoal de cada um, mas este é garantidamente o melhor smartphone alguma vez fabrica pela Xiaomi e atualmente no mercado.

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Este dispositivo foi cedido para análise pela Xiaomi.

Joel Pinto
Joel Pinto
Joel Pinto é profissional de TI há mais de 25 anos, amante de tecnologia e grande fã de entretenimento. Tem como hobbie os desportos ao ar livre e tem na sua família a maior paixão.
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