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O Xiaomi 15 combina um hardware de topo num formato compacto com um software finalmente mais fiável graças ao novo HyperOS, afirmando-se como um dos melhores smartphones do mercado.

Sem surpresas, o Xiaomi 15 apresenta-se como os smartphone compacto topo de gama da fabricante chinesa para 2025, que volta a contar com a assinatura da Leica nas câmaras traseiras. Reforçando assim o foco no setor fotográfico nesta nova geração de smartphones .

O Xiaomi 15 destaca-se, sobretudo, pelo seu tamanho compacto. Estamos a falar de 8,08 mm de espessura e 152,3 mm de altura, uma característica muito interessante para quem não gosta de equipamentos demasiado grandes. No entanto, é também um equipamento pesado, mas que justifica os seus 191g, com a sua bateria de 5240mAh, um sistema de dissipação de calor avançado e as suas antenas de última geração. Os materiais utilizados representam um grande avanço em relação às duas gerações anteriores, com o Gorilla Glass abandonado em favor de um Xiaomi Shield Glass patenteado e o alumínio 6M42 – que promete 33% mais resistência a impactos e quedas. As margens do ecrã foram reduzidas e contam com apenas 1,38 mm de espessura em cada um dos 4 lados, fazendo com que a proporção entre o ecrã e a frente do equipamento se situe nos 94%.

A experiência visual do Xiaomi 15 é muito interessante já que na traseira conta com um mono-bloco preto com um único vidro a proteger as lentes. Há primeira vista parecem ser quarto lentes, mas na realidade são apenas três, já que um dos quatro furos não é ocupado por qualquer lente fotográfica, mas sim por um sensor de foco a laser.

A juntar às três lentes traseiras, temos a habitual lente frontal. O hardware é o mesmo do equipamento da geração anterior, com exceção da lente telefoto, que muda tanto as lentes como o sensor. Passamos de um Isocell JN1 para um Isocell JN5 com mais capacidade e duplicando o alcance dinâmico. Em teórica, isso significa fotos melhores, com maior equilíbrio de cores e mais detalhadas em relação a geração anterior. As lentes flutuantes permanecem, permitindo foco de até 10cm, mas agora temos uma distância focal de 60mm e um zoom de 2,6X que é um pouco menos dos 3,2X do Xiaomi 14. A abertura focal continua em f/2.0 com estabilização ótica de imagem, que nos ajuda quando gravamos com essa câmara, e com as outras, a 4K/60FPS sem precisar de interromper a gravação.

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Módulo fotográfico na traseira do Xiaomi 15

A câmara principal é a mesma que na geração anterior, baseada no sensor Light Fusion 900 (OVX9000) de 1/1,3″, 50MP com suporte para gravação de vídeo 8K/30FPS ou 4K/60FPS, com Dolby Vision HDR e em formato LOG. Os vídeos HDR também podem ser gravados pelas câmaras secundárias, mas os vídeos em formato LOG já não. A sua abertura focal é de f/1.6, mas já a câmara ultra grande angular, que continua a ser baseada no sensor Isocell JN1 de 50MP, conta com abertura focal de f/2,2, suporte para o auto-foco e, em comparação com a câmara principal, temos um zoom de 0,6X (14 mm).

A parceria com a Leica está sempre no centro da experiência fotográfica da Xiaomi, que integra vários modos de disparo rápido e versátil, como o perfil Leica Vivid (mais colorido) e o Leica Authentic (mais escuro). A Leica também voltou a desenvolver as atuais lentes em conjunto com a Xiaomi, o que faz com que o Xiaomi 15 beneficie das filosofias de design e de produção da Leica, com materiais e formatos pensados para a melhor fotografia móvel possível. Um dos exemplos desses benefícios, é a forma como o Xiaomi 15 consegue focar com a lente telefoto mesmo em distâncias muito curtas, por volta de 10 centímetros, enquanto que com outros equipamentos, mesmo com zoom, é necessário algum afastamento dos sujeitos e cenas para obter resultados semelhantes. Ou seja, com a combinação entre a Xiaomi e a Leica, os utilizadores conseguem facilmente tirar fotos macro, retratos em close, criar um bokeh natural incomparável e ter lentes de qualidade superior, com base no mesmo hardware.

Graças ao Qualcomm Snapdragon 8 Elite, agora temos o processador de sinal de imagem (ISP) diretamente dentro do da sua unidade de processamento neural (NPU), que promete melhorar assim as funções que recorrem a inteligência artificial, tornando a produção de vídeos ainda mais eficientes, com tons de pele ainda mais realistas, cores naturais e exposição de imagem sempre correta. A Xiaomi continua a desenvolver a sua própria inteligência artificial fotográfica chamada AISP 2.0 (IA + ISP), capaz de analisar e otimizar capturas de frames em tempo real, algo que a marca afirma ser uma melhoria de até 82% no desempenho da fotografia computacional.

A colaboração com a Leica tornou a tarefa de apontar e disparar ainda mais agradável – como apontei em cima-, com resultados prontos para serem partilhados nas redes sociais. E nos meus testes senti mesmo que as fotos ficam cheias de personalidade. A interface gráfica é boa e, com o tempo, foi simplificada e enriquecida com funções adicionais. Temos o Master Shot para modo retrato, o Master Mode para vídeos, o histograma, o acompanhamento de foco, o teleponto, o disparo rápido e o modo diretor.

A nivel de qualidade de imagem nas fotografias sinti-me surpreso com não só com o resultado, mas também com a versatilidade de obtensão desses resultados, prontos para guardar e partilhar, sem qualquer tipo de ajustes manuais. Fazendo com que muitas vezes o que parece um resultado medíocre quando se tira uma foto, na verdade torna-se excelente quando a vemos na galeria.

No Xiaomi 15 os vídeos são codificados em Rec.2020 e no modo Master Cinema é possível gravar com HDR de 10 bits, o que oferece uma ótima flexibilidade no que toca a opções de qualidade profissional. E com o modo modo diretor podemos ligar outros smartphones, ou tablets, para ter uma monitorização em tempo real – uma funcionalidades extra bem-vinda para quem quiser experimentar brincar aos “realizadores”, mas que na pratica se revela um extra, por existirem soluções mais robustas e preparadas para o efeito.

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Xiaomi 15

O Xiaomi 15 conta com um novo ecrã LTPO AMOLED com 6,36 polegadas, com uma taxa de atualização dinâmica entre 1-120Hz e com a resolução 2670 x 1200 pixeis. Conta ainda com suporte para o HDR10+, HDR10, Dolby Vision e HEVC (mesmo em aplicações de terceiros). Este painel é fabricado com uma camada M9 personalizada pela Xiaomi, o que permite um consumo de energia 10% inferior ao da tecnologia anterior. O novo material M9, combinado com uma estrutura de duas microcavidades, permite o menor consumo de energia, contudo, em termos práticos o ecrã é idêntico, se não igual, ao da geração anterior, já que mesmo o seu brilho no uso diário é quase o mesmo, ou seja, em torno dos 1200 nits. A Xiaomi fala em 3200 nits de brilho máximo, mas esse valor, assim como os 3000 nits da geração anterior, só são alcançados com medições de pequenos pontos (1-5% da superfície total) e mostrando branco em conteúdo HDR. No dia a dia o ecrã é perfeito, com pretos profundos, cores espetaculares, e acima de tudo, mesmo em condições de muita luz solar, tudo é visível sem quaisquer preocupações.

O Xiaomi 15 também melhora o desbloqueio graças a um sensor de impressão digital ultrassónico que está abaixo do ecrã, e que é claramente superior ao sensor ótico da geração anterior. O reconhecimento agora não só é mais rápido e responsivo, numa área maior, como também é muito mais eficaz durante a noite e com as mãos húmidas.

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Xiaomi 15

Tal como já tinha comentado, o Xiaomi 15 está equipado pelo Snapdragon 8 Elite, que revela um desempenho consistente ao longo do tempo de utilização. É possível explorar o desempenho máximo disponível através de aplicações mais pesadas sem se sentir “oscilações” na fluidez e operação do equipamento, embora seja necessário ter atenção às temperaturas, que podem ocasionalmente ser mais elevadas, mas nada que afete a sua utilização.Nos meus testes em jogos existentes como Diablo Immortal, Wild Rift, Dead Cells e Squad Busters, não senti qualquer tipo de problemas, com um desempenho que considero excecional. Nestes casos a zona da bateria pode atingir facilmente os 45°C, algo que é irrelevante para este tipo de equipamento.

A autonomia também não se revelou um problema o para o Xiaomi 15, que está equipado com uma bateria de 5240mAh, com suporte para carregamento rápido com fio de 90W e sem fio de 50W. A capacidade da bateria aumentou 14% em relação à geração anterior, com o consumo em modo de espera também a melhorar significativamente. De acordo com a Xiaomi trata-se de uma redução de 52% no consumo geral em comparação com a geração anterior, que a meu ver é um valor bem inflacionado. Ainda assim encontrei algumas melhorias no uso diário mas nunca na ordem dessa percentagem. É verdade que conseguimos quase dois dias de utilização com uma única carga, e isso é “somente” mais algumas horas se comparado com o equipamento da geração anterior. Mas não deixa de ser interessante verificar que um smartphone compacto topo de gama ofereça quase 2 dias de autonomia, com utilização moderada.

E no que toca a carregamentos, a Xiaomi assegura o que de melhor o mercado tem para oferecer. Os 90W com fio e 50W sem fio são geridos por um chip proprietário, o Xiaomi Surge P3, que otimiza o carregamento rápido, evitando, por exemplo, que o smartphone aqueça demasiado e garantindo que a bateria dure o máximo possível de forma saudável. Nos meus testes, o Xiaomi 15 nunca foi carregado durante a noite, e geralmente colocava-o a carregar antes de ir tomar banho. E o resultado é que sempre que terminava, o smartphone já tinha 100% de bateria. São precisos menos de 20 minutos para carregar totalmente a bateria, e 14 minutos são suficientes para carregar de 35% a 100%. Contudo, é preciso garantir que os utilizador tenha um carregador compatível com esse carregamento, uma vez que a marca não fornece qualquer carregador na compra do smartphone.

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Xiaomi 15

O Xiaomi 15 apresenta dois excelentes altifalantes que funcionam em conjunto para criar um efeito estéreo convincente. O altifalante inferior é ligeiramente mais potente, mas o equilíbrio entre os dois resulta num som bem ajustado. Contudo, comparando com outros topos de gama, o som do Xiaomi 15 parece ser mais fechado, com graves mais pronunciados, mas com menos agudos, dando-lhe uma sonoridade menos “tridimensional”.

A vibração é notável, talvez até excelente. Não é a mais potente ou encorpada disponível, mas a forma como a Xiaomi o integra nos seus smartphones é impressionante. Um exemplo disso é a forma como a vibração responde ao ajuste de volume. Se tiver o telefone no bolso e pressionar o botão de volume, ao atingir o nível máximo, o telefone continua a vibrar como uma forma de nos notificar.

Do lado do software, o Xiaomi 15 segue a política de atualizações da geração anterior. Com quatro grandes atualizações do sistema operativo e cinco anos de atualizações de segurança. O Xiaomi 15 vem com o HyperOS 2 pré-instalado, que é baseado no Android 15, e com uma interface gráfica cada vez mais atrativa. No início, não são concedidas permissões, o que significa que não será possível ler dados de imediato, e, como é de esperar, surgem alguns anúncios nas notificações e em determinadas pastas. Se não conceder permissões durante a configuração inicial, não terá a remoção de anúncios. Porém esta presença persistente de publicidade deve ser criticada, é um erro, especialmente num dispositivo topo de gama e com um preço elevado. Fora isso, o HyperOS 2 oferece um processo de otimização interessante, transformando a interface, a gestão de notificações e botões rápidos, além de adicionar várias funcionalidades de inteligência artificial, e entre elas as seguintes:

  • Notas: Resumo de IA, Layout por IA, Tradutor por IA
  • Galeria: AI Image Expander, AI Magic Eraser Pro, AI Movies, AI Editor
  • Gravador: Suporte transcrição de voz para texto, reconhecimento de orador, geração de resumos e tradução
  • Legendas de IA: Transcrição em tempo real, Tradução por IA
  • Intérprete de IA: Traduzir conversas em tempo real cara a cara, durante videochamadas ou chamadas telefónicas
  • Circle to Search

Mesmo antes da explosão de tendências com a inteligência artificial, é importante notar que a Xiaomi já oferecia muitas funcionalidades avançadas, como o Magic Eraser, a modificação dinâmica do céu e outras funcionalidades discretas que foram, na altura, em grande parte ignoradas. Ou seja, a marca chinesa está na linha da frente quando o assunto são os AI Phones.

Depois de algumas semanas de utilização não é difícil chegar a uma conclusão sobre um produto que me agradou bastante. O Xiaomi 15 tem todas as qualidades necessárias para ser um dos melhores smartphones do mercado. O hardware é, sem dúvida, o melhor dentro dos modelos topo de gama “compactos”. O software tem sido uma das críticas recorrentes da Xiaomi ao longo dos anos, mas com a transição para o novo HyperOS, muitas coisas melhoraram e a interface finalmente se tornou “fiável”.

O principal problema, no entanto, continua a ser a “reputação”, que a marca foi perdendo ao longo dos anos, especialmente devido às suas aplicações controversas (recordo-me das notificações do Mi Browser ou do Mi Video) e à publicidade que surge de forma dissimulada entre as permissões de configuração, algo que é possível remover, mas que por valores de 300€, 1000€ ou 1500€, não deveria existir. O bloatware pré-instalado no Xiaomi 15 é algo comum, e embora todos o façam, com exceção da Google e da Apple, é difícil haver mais locais para a marca fazer concessões. Mesmo em termos de atualizações, ainda persiste a ideia de que a Xiaomi tem um desempenho inferior, quando, na realidade, se tem comportado tão bem, ou melhor, do que muitos dos seus concorrentes mais consolidados.

Para terminar, o preço do Xiaomi 15 não alterou muito em relação ao seu antecessor, e atualmente está disponível por 1099,99€, que faz com que seja mais barato que o seu principal concorrente direto, o Samsung Galaxy S25.

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Este dispositivo foi cedido para análise pela Xiaomi.

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