Vodafone desligou de vez a rede ADSL em Portugal, encerrando mais de 20 anos de serviço e reforçando a sua aposta em fibra ótica e 5G.
A Vodafone concluiu o processo de transição dos seus últimos clientes ligados por ADSL, assinalando o fim de uma das primeiras formas de acesso à internet de banda larga fixa em Portugal. Este encerramento insere-se numa estratégia mais alargada de modernização da infraestrutura de comunicações, que já tinha passado, recentemente, pelo desligamento da rede 3G.
O encerramento da rede ADSL decorreu ao longo do último ano, abrangendo praticamente todo o território continental. Quando o processo se iniciou, estavam ainda ativos cerca de 10.000 clientes com esta tecnologia, o que representava apenas 1% da base de utilizadores do serviço fixo da operadora, que atualmente soma um milhão. A migração para alternativas mais avançadas, como a fibra ótica (FTTH) ou soluções fixas baseadas em 5G (FWA), foi concretizada antes da desativação dos equipamentos e infraestruturas associados à ADSL, nomeadamente as 179 centrais técnicas que suportavam esse serviço.
Disponibilizado pela primeira vez em 2003 e inicialmente destinado ao setor empresarial, o ADSL representava, à data, um avanço relevante: permitia uma ligação de banda larga, com velocidades elevadas para a época, utilizando as tradicionais linhas de telefone em cobre. Entre 2004 e 2015, foi o principal meio de acesso à internet de banda larga fixa em Portugal. Contudo, o desenvolvimento tecnológico e o surgimento de soluções mais rápidas e fiáveis – como o cabo e, sobretudo, a fibra ótica – foram reduzindo progressivamente a sua utilização.
A partir de 2010, a Vodafone reforçou a aposta na expansão da rede de fibra própria, o que permitiu aumentar a cobertura e oferecer uma qualidade de serviço superior. Atualmente, essa tecnologia já chega a cerca de cinco milhões de habitações e empresas em todo o país.