Quinta da Cardiga vai reabrir como resort de luxo dedicado à história dos Templários

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Estima-se que esteja em funcionamento em junho de 2026.

O Grupo Vila Galé vai investir cerca de 20 milhões de euros na revitalização da histórica Quinta da Cardiga, situada na Golegã, para inaugurar o Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports.

Com um passado que remonta ao século XII, a Quinta da Cardiga está classificada como imóvel de interesse público desde 1952. Estas terras foram concedidas em 1169 por D. Afonso Henriques aos Templários, que ali ergueram um castelo integrado no sistema defensivo do Médio Tejo, em conjunto com Almourol, Ceras e Zêzere. Com o fim da Ordem dos Templários, a propriedade passou para a Ordem de Cristo e, no século XVI, sob o reinado de D. João III, transformou-se numa residência de verão de carácter palaciano, projectada pelo arquiteto João Castilho, também responsável pela ampliação do Convento de Cristo, em Tomar. As construções dessa época incluíram alas habitacionais, claustros, pátios e áreas agrícolas, edificadas sobre a estrutura do castelo medieval, cuja torre de menagem ainda subsiste. Este espaço foi frequentado por nobres e burgueses portugueses até ser vendido em 1836, na sequência da extinção das ordens religiosas e da Revolução Liberal. Desde então, passou por vários proprietários até entrar em declínio e abandono na segunda metade do século XX.

O projeto de renovação do Vila Galé Collection Tejo será desenvolvido em duas fases, com início previsto para o segundo trimestre de 2025. Na primeira fase, o foco será a recuperação das áreas centrais, incluindo o Palácio, que preservará elementos históricos como os amplos salões, abóbadas, painéis de azulejos e peças de estatuária, além do Lagar e do Celeiro. Também serão restaurados os antigos edifícios das cocheiras, o picadeiro — com capacidade para eventos equestres oficiais — e a capela, decorada com azulejos de padrão e um retábulo de pedra em alto-relevo da Nossa Senhora da Misericórdia.

Nesta fase inicial, o complexo oferecerá 71 quartos, uma recepção, bar panorâmico, restaurante, spa com piscina interior, salas de massagem e ginásio, além de piscinas exteriores, áreas de lazer infantil, campos de futebol, padel e polidesportivo. Contará ainda com picadeiros, coberto e ao ar livre, e cocheiras para os hóspedes e competições.

A segunda fase, agendada para 2027, será dedicada à restauração dos edifícios desactivados e em ruínas situados a norte da propriedade, onde serão criados mais 45 quartos e uma ampla sala para eventos.

A temática do hotel homenageará a história das Ordens dos Templários e de Cristo. A previsão de abertura desta unidade de quatro estrelas, que criará 40 postos de trabalho na primeira fase, é junho de 2026, dependendo da obtenção de todas as aprovações e licenças até ao final do primeiro trimestre de 2025.

Foto: Visit Golegã

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