A Shein é acusada de falhar na proteção do consumidor e de vender produtos que não cumprem os requisitos europeus.
A União Europeia (UE) prepara-se para lançar uma investigação sobre a plataforma chinesa de comércio online Shein, acusada de não cumprir as regulamentações de proteção ao consumidor da UE. A Comissão Europeia, em colaboração com a rede de Cooperação para a Proteção do Consumidor (CPC), deverá anunciar oficialmente o início da investigação nesta quarta-feira, de acordo com informações avançadas pelo Bloomberg.
A Shein, fundada em 2012 na China e atualmente com sede em Singapura, está a ser investigada por não tomar medidas suficientes contra a venda de produtos que violam os padrões de segurança e qualidade exigidos na Europa. Em junho de 2024, a Comissão Europeia já tinha enviado um conjunto de questões à plataforma para investigar essas alegações. A empresa, que se tornou uma das maiores no setor da moda de baixo custo – o chamado fast fashion -, tem sido frequentemente criticada pelas suas práticas sociais e ambientais, e as autoridades europeias têm levantado preocupações em relação à vigilância sobre os produtos que comercializa, o que pode comprometer a segurança dos consumidores europeus.
Em resposta às acusações, a Shein afirmou que está disposta a colaborar de forma ativa com as autoridades europeias e com a Comissão para resolver as questões levantadas. A empresa garantiu que partilha o objetivo de assegurar que os consumidores europeus possam realizar compras com confiança e afirmou acreditar que um diálogo construtivo fortalecerá tanto a empresa, como o setor.
A investigação à Shein surge num momento em que outras plataformas de comércio eletrónico, como a Temu, também de origem chinesa, estão a ser alvo de escrutínio na Europa por motivos semelhantes. A Temu, que tem registado um rápido crescimento devido aos seus preços competitivos, é também acusada de comercializar produtos que não cumprem as normas de segurança europeias, colocando em risco os consumidores.
Caso as investigações confirmem as acusações, as empresas podem enfrentar sanções financeiras, incluindo multas impostas por autoridades reguladoras nacionais.
