A TP-Link poderá enfrentar restrições de venda em território norte-americano devido a alegadas preocupações de segurança nacional.
As autoridades dos Estados Unidos estão a analisar uma proposta para restringir a venda de produtos da TP-Link, fabricante chinesa de equipamentos de rede e dispositivos domésticos inteligentes. De acordo com o The Washington Post, várias agências federais apresentaram um pedido formal para avaliar a inclusão da empresa numa lista de entidades consideradas sensíveis para a segurança nacional.
A medida, ainda em discussão, poderá levar à retirada dos produtos TP-Link das lojas norte-americanas. O caso recorda o da Huawei, afastada do mercado dos Estados Unidos após acusações de colaboração com as autoridades chinesas.
De acordo com fontes citadas pelo jornal, a preocupação das autoridades norte-americanas prende-se com o enquadramento legal chinês, que obriga empresas e cidadãos a cooperar com o Estado no que diz respeito a segurança. Esta obrigação é vista pelo governo norte-americano como um potencial risco para redes e dados de utilizadores. No entanto, até ao momento, não há provas públicas de que a TP-Link tenha partilhado informações com o governo chinês.
A TP-Link Systems, subsidiária norte-americana criada em 2008 e separada formalmente da casa-mãe chinesa desde 2024, rejeitou as suspeitas. O porta-voz da empresa, Jeff Seedman, afirmou que as acusações “não têm fundamento” e garantiu que a empresa cumpre todas as leis locais e internacionais aplicáveis.
Vários estudos de mercado indicam que a TP-Link representa cerca de 36% do mercado de routers domésticos nos Estados Unidos, com alguns analistas a apontarem que o valor poderá aproximar-se dos 50% no segmento de entrada de gama. Uma eventual proibição teria impacto direto na oferta de produtos e poderia beneficiar concorrentes de outras origens.
Entretanto, até que haja uma decisão final, a TP-Link continuará a operar normalmente no país, afirmando que está a cooperar com as autoridades para esclarecer o processo.
