TikTok com sérios problemas com a desinformação…
Segundo está a ser revelado, o TikTok autorizou a publicação de anúncios que continham desinformação relacionada com as eleições europeias, violando os seus próprios termos de utilização e pondo em causa a sua capacidade de detetar falsas informações, quando estamos a poucos dias das eleições. A ONG britânica, Global Witness, criou 16 anúncios dirigidos ao público irlandês que continham falsas informações sobre as eleições e tentou publicá-las em três plataformas: TikTok, YouTube e X (antigo Twitter).
O TikTok, particularmente popular entre os mais jovens, aprovou a publicação dos 16 anúncios, o YouTube bloqueou 14 e o X filtrou todos os anúncios e suspendeu as contas falsas, indica a ONG no seu relatório. A ONG anunciou que apresentou uma queixa às autoridades reguladoras irlandesas, acreditando que a rede social está a violar as regras europeias que visam limitar as ameaças às eleições.
Enviadas às três plataformas no mês passado, todas essas propagandas falsas continham elementos que poderiam comprometer o bom desenrolar da votação. Em particular, poderíamos encontrar mensagens a encorajar os eleitores a ficarem em casa devido ao risco de violência nas assembleias de voto ou ao aumento de doenças contagiosas. Alguns alegaram que a idade legal para votar passou para os 21 anos ou apelaram ao voto por correio eletrónico, o que é impossível nas eleições europeias.
E o que diz o TikTok sobre a situação? A rede social reagiu ao afirmar que:
“Todos os 16 anúncios enviados pela Global Witness violaram todas as políticas de publicidade da TikTok. Conduzimos uma investigação interna para identificar a causa dessa fuga e determinámos que os nossos sistemas identificaram corretamente que todos esses anúncios podem ter violado as nossas políticas de publicidade política. Os anúncios foram então submetidos a uma revisão adicional, durante a qual foram aprovados devido a erro humano por parte de um moderador. Desde então, este moderador beneficiou de uma nova formação e implementámos novas práticas de moderação de publicidade política para evitar que este tipo de erro se repita no futuro. Continuaremos a rever e a melhorar regularmente as nossas políticas e processos para combater tentativas cada vez mais sofisticadas de espalhar desinformação e fortalecer os nossos sistemas.”
