O estúdio britânico confirma despedimentos e prepara dois novos projetos para o futuro
Após alguns meses de incerteza, o estúdio The Chinese Room anunciou que voltou a operar de forma independente, através de uma compra de gestão que marca o fim da sua ligação ao grupo Sumo Digital.
A operação foi facilitada pela empresa de capital de risco Hiro Capital e surge na sequência de uma reestruturação interna da Sumo Group, que em fevereiro revelou a intenção de abandonar o investimento em propriedades intelectuais originais, passando a focar-se exclusivamente em serviços de co-desenvolvimento. Esta mudança levou a conversações internas sobre o futuro do estúdio britânico, que culminaram na sua separação.
O estúdio, responsável por títulos como Dear Esther, Everybody’s Gone to the Rapture e mais recentemente Still Wakes the Deep, confirmou agora que este processo obrigou ao despedimento de pessoal. Embora o número de postos de trabalho afetados não tenha sido revelado, o diretor Ed Daly confirmou ao portal GamesIndustry.biz que “vários cargos foram tornados redundantes” durante a transição. Atualmente, o estúdio conta com 55 pessoas na equipa e, de acordo com Daly, não estão previstos mais cortes.
Neste novo capítulo, a direção criativa do estúdio passa agora a estar a cargo de John McCormack, anteriormente diretor de arte, que assumiu a liderança do projeto Still Wakes the Deep após a saída de Dan Pinchbeck em 2023. Já Ross Manton, até aqui produtor executivo em Vampire: The Masquerade – Bloodlines, assume o cargo de diretor de produção. Ed Daly descreve este novo ciclo como uma oportunidade para “continuar a trabalhar em novas propriedades intelectuais originais“, mas também para colaborar com outras equipas sempre que houver alinhamento criativo.
O estúdio mantém em desenvolvimento dois novos projetos originais, como mencionou Daly, para além de continuar o trabalho em Bloodlines 2, que está a ser produzido em parceria com a Paradox Interactive, com lançamento previsto para outubro deste ano.
A The Chinese Room foi adquirida pela Sumo Digital em 2018 e passou os últimos anos integrada num grupo controlado pela gigante chinesa Tencent. A sua saída marca agora um regresso à autonomia, com planos claros para continuar a apostar na criatividade e em parcerias estratégicas.