Continua a guerra comercial entre os Estados Unidade e a China.
A administração presidida por Joe Biden acaba de intensificar a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China ao propor novas regras para controlar melhor a chamada isenção “minimis” de direitos aduaneiros para produtos importados abaixo de 800 dólares, uma isenção que beneficia principalmente as empresas chinesas de comércio eletrónico como Shein e Temu.
Os novos regulamentos visarão principalmente os envios provenientes da China, que estarão sujeitos a inspeções e taxas alfandegárias mais rigorosas, especialmente para determinados produtos como aço, alumínio, máquinas de lavar e painéis solares. Esta medida comercial é uma resposta ao aumento exponencial das importações chinesas isentas de direitos aduaneiros (e de plataformas chinesas): o número destes produtos aumentou de 140 milhões de unidades para mais de mil milhões de unidades por ano na última década!
“Os trabalhadores e empresas norte-americanas podem competir em condições de igualdade com qualquer pessoa, mas durante demasiado tempo, as plataformas de comércio eletrónico chinesas contornaram as tarifas abusando da isenção de minimis”, afirmou num comunicado a secretária do Comércio dos EUA, Gina M. Raimondo. “Com estas novas decisões, a administração Biden-Harris está a defender os consumidores americanos e a reprimir os esforços das empresas chinesas para prejudicar os trabalhadores e as empresas americanas.”
Novas regras vão complicar os negócios de empresas como Shein e TEMU
As regras propostas visam evitar que estas empresas chinesas abusem da isenção de direitos aduaneiros e controlar melhor a entrada de produtos potencialmente perigosos no mercado americano. O regulador americano também está a preparar uma investigação de “segurança” sobre Shein e Temu sobre este assunto.
Recorde-se que, no passado mês de maio, a União Europeia decidiu adicionar a Temu a uma lista de grandes plataformas sujeitas às regras da DSA.
