O Teatro Tivoli BBVA foi inaugurado em 1924, na altura com o nome de Cine-Teatro Tivoli.
O Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, passou a integrar a lista dos Tesouros da Cultura Cinematográfica Europeia, uma distinção atribuída pela Academia Europeia de Cinema a salas de exibição com valor histórico, simbólico e arquitectónico para o património cinematográfico do continente. Nesta edição, apenas 11 espaços foram reconhecidos, sendo este teatro o único representante português.
Inaugurado em 1924 como Cine-Teatro Tivoli, o edifício foi projetado pelo arquiteto Raúl Lino, a pedido de Frederico Lima Mayer, com o propósito de dotar Lisboa de uma sala moderna e à altura das grandes capitais europeias. A sessão de abertura contou com a exibição do filme mudo Violetas Imperiais, de Henry Roussel, acompanhado por música ao vivo dirigida pelo violinista Nicolino Milano. Rapidamente, o espaço afirmou-se como um pólo cultural da cidade, acolhendo estreias marcantes como Doutor Jivago ou Música no Coração, bem como espetáculos de teatro, dança e música, que trouxeram ao palco nomes de referência.
A candidatura à distinção partiu da Academia Portuguesa de Cinema, numa iniciativa que tem reforçado a ligação entre Portugal e a European Film Academy, ao serviço da valorização e da promoção internacional do património cinematográfico nacional.
Desde a sua aquisição pela produtora UAU, em 2011, o teatro tem sido alvo de obras de recuperação, respeitando a traça original, ao mesmo tempo que foi equipado com tecnologia moderna e uma programação cultural diversificada. Em 2015, o edifício foi classificado como Monumento de Interesse Público, e o reconhecimento agora atribuído surge na véspera do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
Com esta distinção, o Teatro Tivoli BBVA passa a integrar uma lista restrita de cerca de 60 salas reconhecidas pela European Film Academy em toda a Europa, onde já se encontra, entre outros, o espaço da Ribeira do Porto.