Superchargers da Tesla ultrapassados em velocidade por sistemas de outras marcas

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Mas a posição da Tesla entre os principais fabricantes de veículos elétricos não se encontra ameaçada… pelo menos para já.

A rede de carregamento de veículos elétricos (VE) da Tesla é uma das mais reconhecidas a nível mundial, fruto da sua expansão e promoção intensiva, especialmente nos Estados Unidos. No entanto, a velocidade de carregamento dos Superchargers da marca norte-americana revela-se inferior à de vários concorrentes. De acordo com uma investigação conduzida pela Finbold, os postos Supercharger da Tesla fornecem cerca de 18 km de autonomia por minuto de carregamento. Em comparação, a nova tecnologia chinesa da BYD, o Megawatt Flash Charging, alcança uma média de 80 km por minuto, representando um avanço significativo na eficiência energética. Apesar desta diferença, a Tesla continua a liderar em termos de infraestrutura, operando a maior rede mundial de carregamento rápido, com mais de 60.000 estações espalhadas por diversos países.

A posição da Tesla entre os principais fabricantes de veículos elétricos não se encontra ameaçada, mas o facto de ocupar o penúltimo lugar no ranking das sete empresas analisadas pela Finbold levanta questões sobre a sua competitividade nesta vertente. Outras marcas, tradicionalmente associadas à indústria automóvel convencional, apresentam desempenhos superiores no que toca à velocidade de carregamento. A Mercedes-Benz, por exemplo, regista 33 km de autonomia por minuto, enquanto a Volvo atinge 30 km. Já a Hyundai, que ocupa a quinta posição no ranking, permite aos seus utilizadores percorrer 23 km por cada minuto ligado ao carregador. Algumas empresas emergentes no setor dos veículos elétricos também superam a Tesla nesta métrica. A Li Auto, posicionada logo atrás da BYD, disponibiliza uma autonomia de 42 km por minuto de carregamento. No extremo oposto da tabela, a Lucid obteve a pior classificação entre as marcas analisadas, oferecendo apenas 17 km de autonomia por cada minuto de carga.

Embora a velocidade de carregamento seja um fator relevante, a disponibilidade de postos de carregamento desempenha um papel crucial na experiência dos utilizadores. A compatibilidade entre diferentes sistemas permite que a maioria dos condutores possa recorrer a múltiplas redes de carregamento, desde que disponham dos adaptadores adequados. A Tesla, apesar de operar a maior rede proprietária, não limita os seus clientes exclusivamente aos seus postos, possibilitando o carregamento em infraestruturas externas com recurso ao adaptador SAE J1772. Da mesma forma, outras marcas como a BYD, Mercedes-Benz, Volvo e Hyundai não possuem redes de carregamento próprias em larga escala, mas estabelecem parcerias que garantem aos condutores acesso a uma ampla variedade de estações. A distribuição geográfica das infraestruturas também influencia a acessibilidade dos utilizadores. Os condutores na China, nos Estados Unidos, na Europa Ocidental e na Coreia do Sul beneficiam de uma rede mais densa e eficiente, reduzindo as dificuldades na procura por pontos de carregamento.

Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) indicam que a China lidera globalmente em número de estações de carregamento, englobando tanto os postos rápidos como os de carregamento lento. Contudo, os valores anunciados pelos fabricantes nem sempre refletem a realidade diária dos condutores. As velocidades de carregamento divulgadas baseiam-se em condições ideais e na utilização de carregadores rápidos, mas a maioria das infraestruturas disponíveis corresponde ainda a carregadores convencionais. Relatórios de 2023 demonstram que o tempo necessário para uma carga completa pode variar consideravelmente consoante o tipo de tomada utilizada. No caso da Tesla, por exemplo, a autonomia pode ir dos 275 km em 15 minutos até um carregamento que se prolonga por vários dias, dependendo da fonte de energia disponível.

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