Sesimbra Oceanfront Hotel: entre o azul e a tradição

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Aqui, há algo de magnífico que se estende para além das pernas na espreguiçadeira… a vista. Um verdadeiro refúgio com vista para o mar infinito. E não só: o MarLuso é o restaurante do Sesimbra OceanFront Hotel, cuja excelente oferta gastronómica incluiu, desta vez, um workshop com o chef de cozinha José Faustino.

A bela vila piscatória de Sesimbra, situada no maciço calcário da Arrábida, destaca-se pela sua localização privilegiada, que desde sempre favoreceu uma forte ligação das suas gentes ao mar. Não é, por isso, de estranhar o papel fundamental que a pesca teve no seu desenvolvimento – uma atividade que remonta a tempos pré-históricos. Ao longo da História, momentos marcantes como a época dos Descobrimentos impulsionaram ainda mais o crescimento urbano da vila, moldando o que é hoje a encantadora Sesimbra.

Localizada a apenas uma hora de carro a partir de Lisboa, esta bela vila repleta de história e tradição encontra-se numa localização privilegiada, pertinho de outros destinos turísticos, como o Parque Natural da Arrábida, candidato a reserva da biosfera da UNESCO. Com efeito, a oferta hoteleira de Sesimbra enquadra-se numa paisagem magnífica em que atividades como andar de barco, conhecer praias encantadoras ou fazer trilhos pela natureza exuberante, e estas são apenas algumas das atividades que Sesimbra proporciona aos seus turistas.

Se esta vila ainda não faz parte da vossa lista de destinos, é melhor que façam uma atualização, especialmente com um ponto de paragem no Sesimbra Oceanfront Hotel, um hotel de cinco estrelas que eleva a outro nível a experiência de quem procura conforto, exclusividade e uma oferta gastronómica de excelência.

Recentemente, o Echo Boomer foi conhecer a oferta gastronómica do restaurante do Sesimbra OceanFront, o MarLuso – que experimentámos no ano passado em modo “buffet barbecue” -, e participar no workshop “Aprenda a fazer farinha torrada” com o chef de cozinha José Faustino, para recordar as melhores tradições marítimas.

Neste workshop tivemos a oportunidade de mergulhar a fundo e conhecer melhor o ex-libris da região, a Farinha Torrada, cuja receita e marca estão registadas pela Câmara Municipal de Sesimbra. Foi com um brilho nos olhos e um sorriso nos lábios que o chef nos explicou em que consistia este doce e o enquadramento histórico que justifica a sua importância e pertinência para as gentes de Sesimbra e a atividade piscatória: a Farinha Torrada servia autenticamente como uma “barra energética”, fundamental para os homens do mar na sua faina. Era um mantimento que, para além de ser de fácil confeção, tinha também um longo prazo de validade, dispensando qualquer tipo de refrigeração. Era, por isso, ideal para levar em longas viagens pelo mar. Como a vida de um pescador é dura, era também fundamental ter um alimento energético, sendo essa a finalidade da Farinha Torrada: dava sustento àqueles que traziam o sustento às famílias sesimbrenses.

Era também nestas viagens, sobretudo nos portos onde atracavam, que os pescadores trocavam os ingredientes, como açúcar amarelo (caloricamente denso para garantir a energia necessária e conservação da Farinha Torrada) e chocolate, que se usava depois para confecionar a mesma.

Os outros ingredientes, como a farinha, vinham dos moinhos da Aldeia do Meco, enquanto os ovos eram fornecidos pelas famílias do campo.

Foi graças a esta união entre o mar e a terra, da entreajuda e espírito comunitário das gentes de Sesimbra, que nasceu a Farinha Torrada. Mais do que um simples doce tradicional, é uma verdadeira homenagem à resiliência, criatividade e união do povo sesimbrense. Tudo isto foi-nos explicado pelo chef José Faustino, enquanto nos revelava, passa a passo, a receita original da Farinha Torrada. Pusemos as mãos na massa (literalmente!) e, depois de colocada a farinha durante 20 minutos no forno, tivemos a nossa própria Farinha Torrada, um doce crocante por cima e macio por baixo, mas sempre cheio de sabor.

Esta experiência também está disponível para os clientes que optem pela Tarifa Culinary Premium, sendo que, no final da experiência, o cliente leva consigo duas cookies de Farinha Torrada de Sesimbra e Moscatel.

Pouco depois do workshop da Farinha Torrada, a próxima experiência gastronómica: o jantar no restaurante MarLuso. Antes disso, abrimos o apetite com um cocktail fresco no Poké Bar, e tendo em conta que o dia estava surpreendentemente quente para início de abril, soube mesmo bem. Quem quiser pode até levar o seu cocktail para junto da piscina infinita, com vista direta para o mar, o que, por si só, já é uma experiência.

O menu do Poké Bar é extenso e variado, com muitas opções de bebidas e cocktails para todos os gostos. Para além disso, também é possível fazer uma refeição mais leve, numa carta que aposta na fusão entre a culinária havaiana dos tradicionais poké, mas com um twist de influências da culinária portuguesa.

Acabámos por pedir um cocktail de assinatura, o Algarve Margarida, feito com tequila, licor de laranja do Algarve, agave, lima e sal preto do Hawai. Um cocktail leve, de sabor ligeiramente mais adocicado, mas equilibrado. Com uma apresentação irrepreensível, é, no fundo, uma adaptação da clássica Margarita, que ganha muito pelos sabores cítricos do nosso Algarve.

Já no Restaurante MarLuso, é de salientar o pano de fundo da nossa mesa de jantar, isto é, a belíssima vista mar desafogada. Para aqueles que questionam o nome do restaurante, surge como uma clara homenagem ao período dos Descobrimentos, época em que Sesimbra contribuiu com o seu próprio protagonista: o navegador sesimbrense Sebastião Soromenho, que comandou um galeão ao longo das costas entre a Califórnia e o México, viajando por Acapulco, Manila e Havai. Foi precisamente esse percurso que inspirou a criação das ementas do Poké Bar e MarLuso, combinando ingredientes de diferentes pontos do mundo (como o Sal Preto do Havai) com produtos frescos de produtores locais portugueses.

Para abrir o apetite, fomos presenteados com o Pescador Sour, um cocktail de assinatura que se revelou uma deliciosa surpresa. Feito com limão, açúcar e licor do pescador (uma bebida tradicional de Sesimbra à base de anis e caramelo), tem também uma apresentação impecável, com uma espuma vegana com a espessura ideal e uma textura muito leve. Na boca, destaca-se mais pela doçura, graças ao licor, sendo por isso a escolha perfeita para quem não resiste a um toque mais doce. Curiosamente, o mesmo licor é também utilizado para criar umas irresistíveis Trufas de chocolate com recheio de licor do pescador, que nos foram oferecidas pelo chef no final da nossa estadia.

De seguida veio o couvert, composto por uma delicioso pão de Trigo da Azóia, acompanhado por manteiga rainha do Pico, uma verdadeira iguaria produzida artesanalmente nos Açores, de sabor intenso e textura bem cremosa. Por cima, tinha flor de sal, sementes de sésamo e furikake. A acompanhar, chegou também à mesa um dip de tremoço, feito com tremoços do Alentejo e coentros frescos da mesma região, temperado com um leve toque de chili.

Seguiram-se os snacks, começando pelas irresistíveis Batatas Bravas, fritas na perfeição de maneira a ficarem crocantes por fora e surpreendentemente macias por dentro, quase como um puré. A acompanhar, uma maionese com redução de molho de tomate caseiro, misturada com maionese japonesa, criava uma combinação viciante.

Logo depois, chegaram as Empanadas de atum com escabeche de laranja do Algarve. A massa, típica da América do Sul, foi meticulosamente aperfeiçoada pelo chef e pela sua equipa, até atingir o ponto ideal. O recheio? Uma bela de uma Tomatada de atum!

Mas as estrelas da noite foram, sem dúvida, os Croquetes de carne com maionese de chipotle. O recheio, húmido e cheio de sabor, conquistou todos à mesa. Um daqueles petiscos que se começa a comer… e é praticamente impossível parar.

Estes snacks eram ideais tanto para ir petiscando enquanto se espera pelos pratos seguintes, como para partilhar no descontraído ambiente do Poké Bar, entre conversa e cocktails, até porque fazem parte do menu deste espaço também.

Para entrada, fomos presenteados com três sugestões deliciosas: Ovos mexidos com parrilhada de cogumelos, Pica-pau de camarão e Melão com presunto serrano. Os ovos mexidos com parrilhada de cogumelos – shiitake, portobello e marron – estavam salteados na perfeição. Já a confeção dos ovos seguiu uma técnica tradicional alentejana, pois foram cozinhados lentamente em lume brando, o que lhes conferiu uma textura muito cremosa.

O Pica-pau de camarão também surpreendeu pela fusão de sabores: camarão cortado em pedaços pequenos, salteado com leite de coco e chili vermelho, num equilíbrio entre o picante e o doce do coco.

Por fim, o clássico Melão com presunto ganhou nova vida com a adição de um molho chimichurri, que acrescentou um toque ácido ao prato, criando assim um contraste com a doçura do melão de casca verde e o sabor intenso do presunto serrano.

Seguindo para os pratos principais, fomos surpreendidos com combinações criativas e muito bem executadas, como o primeiro prato, o “Chili sin carne”. Acompanhado com arroz de coco, lima e gengibre, esta versão vegetariana, longe de ser aborrecida, levava batata doce, milho branco e milho amarelo (previamente demolhados e cozidos), e tem ainda feijão encarnado, aromatizado com coentros. O arroz, salteado com coco, era finalizado com sementes de sésamo e furikake, resultando numa explosão de texturas e sabores.

Depois, chegou o Polvo, servido sobre um puré de feijão com leite de coco, polvilhado com coco seco, criando uma fusão interessante entre o tradicional e o exótico. A acompanhar, bimis fritos em óleo de chouriço – uma combinação, no mínimo, surpreendente, que elevou o prato com um toque fumado.

Por fim, para os verdadeiros apreciadores de carne, chegou o Ribeye com 20 dias de maturação, grelhado no ponto. A carne estava incrivelmente tenra e suculenta, daquelas que quase se desfazem na boca. A acompanhar, as Batatas fritas 3x, que são simplesmente viciantes – super crocantes por fora, macias por dentro, simplesmente irresistíveis. Escusado será dizer que a carne desapareceu da travessa num abrir e fechar de olhos…

Como tudo o que é bom acaba depressa, quando chegaram as sobremesas já tínhamos o estômago bem aconchegado – mas, claro, ainda havia aquele espacinho especial reservado para o doce. Provámos então a Tarte de maçã camoesa e o Ananás dos Açores grelhado, servido em carpaccio e mergulhado numa calda aromática de lima e gengibre, com um delicioso toque de toffee de rum. Na foto, podem ver esta sobremesa na sua versão sem lactose – e sim, estava tão boa quanto parece. O ananás estava bem docinho e muito tenro, e o toque da lima contrastava bem com o mesmo.

Para fechar com chave de ouro, foi-nos servido então o último cocktail do dia, o Arrábida Expresso Martini. Feito com vodka, bicabagaço, licor de café e um expresso, é a escolha perfeita para os verdadeiros fãs de café. Mas atenção: é intenso e bem doce, por isso recomendamos apenas a quem aprecia sabores mais marcantes (e uma boa dose de cafeína!).

Se vos pareceu bem, então fiquem atentos, porque em breve chega uma nova carta totalmente portuguesa, onde não vai faltar criatividade e sabor.

Ainda no campo dos comes e bebes, é também importante referir o pequeno-almoço, servido no MarLuso. Tal como nas restantes refeições, nota-se uma aposta clara na apresentação cuidada e na utilização de produtos locais – como o queijo ortodoxo de Azeitão, produzido de forma tradicional, ou a charcutaria da região.

Uma das coisas que mais nos agradou foi a variedade, tanto nas frutas frescas como nos diferentes tipos de pão. Claro que os clássicos não foram esquecidos: pastéis de nata, croissants, ovos mexidos, ovos cozidos e bacon, tudo com ótima apresentação e sabor. O sumo de laranja é outro destaque, espremido na hora e 100% natural. E para quem quiser começar o dia com um toque especial, há até champanhe disponível. Aqui, a única “queixa” que temos a apontar é a ausência de panquecas, até porque com o creme de chocolate e avelã ali a piscar o olho, só faltavam mesmo as panquecas para dar o toque final.

No geral, é um pequeno-almoço completo, com qualidade e variedade de sobra para agradar a todos e permite ir variando as escolhas ao longo dos dias de estadia no Sesimbra OceanFront.

Quanto ao hotel em si, e para quem não faz ideia, está inserido num condomínio que combina a vertente hoteleira com unidades residenciais privadas. Anteriormente conhecido como Sesimbra Hotel & Spa, era, há cerca de um ano, uma unidade hoteleira de 4 estrelas, até que foi adquirida pelo grupo Highgate Portugal, que investiu um milhão de euros na renovação do edifício. Já com a nova identidade, o Sesimbra OceanFront subiu de categoria para se tornar no primeiro hotel de 5 estrelas da região.

Esta remodelação trouxe um ar mais modernizado, com uma aposta num design mais inspirado na natureza, através da incorporação de bastantes plantas verdes em várias partes do hotel e da aposta em cores claras, como o azul, alusivo ao mar. Outros materiais como a madeira ajudam a preencher o ar natural da decoração do espaço. Temas alusivos à vida marítima no papel de parede complementam esta decoração, sendo usados em espaços comuns como o spa ou a zona do restaurante, criando assim um tema decorativo coeso por todo o hotel, bem como várias obras de arte inspiradas no universo marítimo.

O OceanFront divide-se em duas alas: a Ala Norte, que é a principal e conta com 66 quartos, e a Ala Sul, com 26 quartos, totalizando assim 92 quartos. Um dos grandes atrativos é que todos os quartos, sem exceção, oferecem varanda com vista mar desafogada. Existem quatro tipologias distintas: Ocean View Suite, Ocean View Premium, Ocean View Deluxe e Ocean View Premium Deluxe.

Ficámos alojados na Suite Ocean View e tudo o que podemos dizer é que… ficámos encantados! Para além do espaço generoso que estas suites dispõem (entre 30 a 43m²), esta suite em particular destaca-se por um detalhe muito interessante: um corredor com três armários espaçosos, ideais para organizar tudo, melhorando assim a tarefa chata de desfazer malas.

No quarto, há também uma secretária equipada com uma máquina de café e cápsulas, perfeita para os amantes da cafeína reporem a energia..

No que toca à casa de banho, ficámos fãs do espaço – bastante amplo – e da presença de bidé, que, embora seja sempre um tema de controvérsia, para nós é um verdadeiro bónus num quarto de hotel. As amenities estão à altura de um verdadeiro cinco estrelas: além do shampoo e gel de banho, há também condicionador de cabelo e creme hidratante, mimos estes que fazem toda a diferença durante a estadia.

Mas aqui o verdadeiro espetáculo é mesmo a vista, capaz de tirar o fôlego sem nos darmos conta. A nossa varanda privativa, com duas cadeiras e uma mesinha, é um convite irresistível para passar longas horas a apanhar sol enquanto se respira a brisa do mar. E mesmo à noite, a experiência continua incrível: adormecer embalados pelo som das ondas é daquelas pequenas grandes coisas que ficam na memória e até nos ajudam a dormir melhor.

Os restantes espaços comuns do OceanFront incluem o já mencionado restaurante MarLuso, uma sala comum com um piano de cauda, salas de reunião com vista panorâmica e, ainda, os quartos da Ala Sul, localizados no 5.º piso. No 6.º piso encontra-se a receção, o Poké Bar e a magnífica piscina infinita com vista mar. Do 6.º ao 10.º piso distribuem-se os restantes quartos. Para quem quiser estacionar o carro no parque privativo do hotel, o acesso faz-se pelos pisos 3 e 4, os únicos com ligação direta aos elevadores e de uso exclusivo dos hóspedes. Para aceder à marginal ou à Praia da Califórnia, basta descer ao piso 0 – em apenas dois minutos está com os pés na areia!

Mesmo sem estar hospedado, é possível usufruir do bar, restaurante e spa, já que estes espaços estão abertos ao público – uma excelente opção para quem vive ou está de passagem por Sesimbra.

O hotel conta ainda com um ginásio bem equipado e um spa com várias salas de massagem, tanto individuais como para casais. Existe também uma zona reservada para aulas de Yoga, Oilates e Qigong, disponível não só para hóspedes, como também para visitantes externos, mediante o pagamento de 15€. A ligar todos estes pisos está um elevador panorâmico que vale mesmo a pena destacar: desde o momento em que se entra até ao momento em que se sai, somos brindados com uma vista incrível para a piscina infinita e, logo atrás, o mar como pano de fundo.

Quem quiser passar umas noites no Sesimbra OceanFront pode contar com uma estadia que alia luxo, conforto e sofisticação. Para além de noites tranquilas em quartos espaçosos com vista mar, todo o ambiente do hotel é acolhedor e convidativo. A simpatia do staff, aliada à experiência gastronómica de excelência no MarLuso e no Poké Bar, tornam qualquer estadia no OceanFront verdadeiramente memorável.

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