A IKEA nunca quis que o FRAKTA fosse mais do que aquilo que é: um saco funcional e acessível.
Em 1993, o saco FRAKTA foi apresentado pela IKEA como uma solução prática e resistente para transportar produtos das suas lojas. O que ninguém poderia prever é que, três décadas depois, este objeto aparentemente banal se tornaria um ícone global. Reconhecido pela sua cor azul vibrante e pelas alças amarelas, o FRAKTA transcendeu a sua função inicial, marcando presença em lares, ruas e até na cultura popular.
O FRAKTA foi criado com um propósito prático: permitir que os clientes da IKEA transportassem os seus produtos de forma cómoda e acessível. Fabricado em polipropileno reciclável, o material plástico que lhe confere a resistência e a leveza características, rapidamente ultrapassou a sua função inicial, tornando-se numa solução versátil para as mais variadas situações do dia a dia. É utilizado para carregar roupa, guardar objetos ou até mesmo em mudanças de casa. O saco tornou-se num verdadeiro camaleão doméstico.
Com a sua cor azul brilhante, que não deixa margem para confusões, o FRAKTA é fácil de identificar. O contraste com as alças amarelas reforça esta identidade visual, um pormenor que reflete a atenção ao detalhe característica do design escandinavo. No entanto, a IKEA nunca quis que o FRAKTA fosse mais do que aquilo que é: um saco funcional e acessível. O seu preço de 0,70€ para a versão média e 0,80€ para o saco grande, faz com que continue a ser um dos artigos mais comprados nas lojas da marca.
Mas nem tudo foi planeado ou controlado pela IKEA. Com o passar do tempo, o FRAKTA deixou de ser apenas um saco e tornou-se num fenómeno cultural. Um dos momentos mais mediáticos aconteceu em 2017, quando a marca de moda Balenciaga lançou uma bolsa de couro azul que se assemelhava ao FRAKTA. O preço exorbitante da peça, que ultrapassava os 2.000€, gerou comparações imediatas e um intenso debate nas redes sociais. A IKEA respondeu com humor, afirmando, numa campanha publicitária, que o verdadeiro FRAKTA podia ser identificado pela sua resistência, facilidade de limpeza e capacidade para carregar até tijolos.
Ao longo dos anos, o FRAKTA foi também reinventado pela própria IKEA. Foram lançadas versões em diferentes tamanhos e cores, algumas feitas com materiais mais sustentáveis, em linha com o compromisso da marca com a redução do impacto ambiental. No entanto, o design base manteve-se inalterado, o que contribuiu para a longevidade do produto. Atualmente, o saco é composto por 60% de plástico reciclado.
O sucesso do FRAKTA deve-se, em parte, à sua adaptabilidade. Para muitas pessoas, o saco é mais do que um acessório doméstico — é uma solução prática que pode ser moldada às necessidades individuais. A sua simplicidade também inspirou criatividade: há quem o tenha transformado em mochilas, carteiras ou até peças de roupa.
Ora, mas porquê este destaque ao saco? É que os anos passam e continua a ser um dos produtos mais populares da IKEA. Em 2024, foi um dos produtos mais procurados pelos portugueses, a par da estante KALLAX, do roupeiro BRIMNES, da caixa de arrumação PÄRKLA, da estrutura de cama MALM e do colchão com molas ensacadas VALEVÅG.