Ainda que se esteja a expandir em Portugal, a Ryanair alega que o crescimento em Lisboa está a ser travado por questões relacionadas com as taxas elevadas da ANA (Aeroportos de Portugal) e a falta de capacidade do Aeroporto da Portela.
A Ryanair revelou na semana passada a sua programação para o verão de 2025 em Portugal, que inclui um total de 169 rotas, destacando-se quatro novas: uma do Porto para Roma e três da Madeira para Milão, Shannon e Edimburgo. Serão também reforçadas as frequências em várias rotas já existentes, como Bruxelas, Dublin, Paris e Londres.
Como parte deste crescimento, a companhia aérea irá alocar duas novas aeronaves B737 “Gamechanger” nos aeroportos da Madeira e de Faro, num investimento de cerca de 190 milhões de euros. Com esta adição, a frota da Ryanair em Portugal passará a contar com 29 aeronaves, criando também 60 novos postos de trabalho nas áreas de aviação e engenharia.
Ainda que se esteja a expandir em Portugal, a Ryanair alega que o crescimento em Lisboa está a ser travado por questões relacionadas com as taxas elevadas da ANA (Aeroportos de Portugal) e a falta de capacidade do Aeroporto da Portela. A companhia sublinha que a escassez de infraestrutura no aeroporto de Lisboa está a prejudicar o tráfego, o turismo e o emprego na cidade, limitando a sua capacidade de aumentar as operações na capital.
A Ryanair expressou ainda satisfação pela rejeição, por parte do Governo, da proposta da ANA de transferir os custos da construção do novo Aeroporto do Alcochete para os utilizadores da Portela. Contudo, a companhia considera que são necessárias outras ações para melhorar a infraestrutura de Lisboa e permitir o crescimento do tráfego aéreo na cidade.
Caso a capacidade do Aeroporto da Portela seja aumentada, a Ryanair compromete-se a continuar a investir em Portugal, com a meta de duplicar o tráfego de passageiros no país até 2030, passando de 13 milhões para 27 milhões de passageiros anuais. Este crescimento também prevê a criação de 500 novos postos de trabalho para pilotos, tripulação e engenheiros, bem como o investimento em novas aeronaves em território nacional.
