O investimento ultrapassará os 20 milhões de euros.
A Avenida Almirante Reis prepara-se para uma transformação profunda, com um projeto de requalificação que visa torná-la mais verde, segura e acessível. Esta iniciativa resulta de um processo de participação pública que contou com cerca de 2.500 contribuições, refletindo um esforço coletivo para adaptar uma das vias mais importantes de Lisboa às necessidades atuais da cidade e dos seus habitantes.
A requalificação abrange dois troços distintos da avenida: entre o Martim Moniz e a Praça do Chile, e o percurso que segue da Praça do Chile até ao Areeiro. Esta intervenção privilegiará a criação de uma estrutura verde contínua, a integração eficiente dos diversos meios de transporte e a melhoria das condições de segurança e conforto para peões e ciclistas.
O plano prevê alterações profundas no desenho urbano da avenida. Entre as mudanças mais significativas estão a redução do estacionamento à superfície e a eliminação do separador central, o que permitirá a criação de um corredor verde contínuo ao longo de toda a avenida. Além disso, está prevista a deslocação da linha do elétrico e a reorganização de acessos ao Metro na zona norte, otimizando a ligação entre os diferentes modos de transporte.
A transformação proposta não se limita a questões de mobilidade, procurando também melhorar o ambiente e a qualidade de vida na cidade. A criação de uma estrutura verde permitirá mitigar o efeito das ilhas de calor e aumentar as zonas de sombra nos passeios, enquanto a redução do ruído viário e a melhoria da qualidade do ar contribuirão para um ambiente mais saudável. A gestão da água pluvial será também reforçada, com a introdução de áreas de retenção e infiltração, e serão criados novos espaços de lazer e convívio para a população.
A circulação pedonal será facilitada através de passadeiras acessíveis e de áreas livres de obstáculos, promovendo a segurança de quem se desloca a pé. Simultaneamente, a ciclovia será redesenhada para garantir condições de segurança adequadas e uma melhor integração com as vias laterais. O transporte público será também beneficiado com a criação de faixas dedicadas no sentido ascendente, enquanto se assegura o acesso a veículos de emergência.
O investimento ultrapassará os 20 milhões de euros.
