Será sempre bom voltar à casa de partida com os The Kooks

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Luke Pritchard e os restantes membros deram um concerto agradável e mantiveram a união e interação durante todo o espetáculo.

Os preparos iniciais antes do concerto num autêntico desfile britânico (Jamie T, Oasis, Amy Winehouse, Two Door Cinema Club, entre outros) já anteviam que o ano áureo de 2006 iria ser revisitado, recordando-nos que, muitas vezes, as lembranças são a nossa melhor fase.

Depois do adiamento desde março do ano passado e uma casa mais composta que o esperado, os The Kooks regressaram a Portugal para celebrarem Inside In / Inside Out, o primeiro e bem sucedido álbum de estúdio. O álbum de maior sucesso da banda, que, curiosamente, foi editado no dia de outro grande disco (Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, dos Arctic Monkeys), e que nos trouxe uma frescura algo diferente do indie rock que se fazia até então, com Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e Kaiser Chiefs à cabeça.

O início com “Seaside” apenas com Luke Pritchard na guitarra e em acústico mostrou a união que se iria sentir entre a banda e o público português. Já com os restantes membros em palco, desfilaram, também de seguida, “See The World” e “Sofa Song”. Após esta sequência explosiva de canções, as primeiras palavras com o público para um “Olá” e um pedido de desculpas pela demora na data do concerto, além de uma reflexão sobre o tempo que passou desde o longínquo ano de 2006.

Com arranjos diferentes recebemos “Ooh La” e, após uns percalços e um certo nervosismo inicial do vocalista, houve um pedido expresso para que o público se levantasse das cadeiras e que recebesse “She Moves In Her Way” de braços abertos, numa clara demonstração de união entre público e a banda britânica, provocando um dos mais bonitos momentos da noite.

A primeira incursão fora do álbum deu-se em “Bad Habitt”, em que o público correspondeu e ajudou na transição para o disco mais fresquinho, Echo in the Dark, que deu a conhecer “Connection” e “Cold Heart”, temas dançáveis e demonstrativos da influência que os The Kooks transmitem para os Two Door Cinema Club.

Após este salto no tempo, o vocalista confessou que seria bom voltar aos tempos de “Inside In / Inside Out”, mas que a banda agora está melhor e mais unida, antes da dupla de canções escritas sobre amor e separação, “I Want You” e “Jack Big Tits”.

Ainda tivemos tempo para duas músicas de Konk, segundo álbum dos britânicos, com “Always I Need To Be” e “Do You Wanna”, esta última com um arranjo mais rock do que o habitual, a soar muito bem igualando a música anterior do alinhamento.

“Junk Of The Heart” foi a última volta antes do encore, em que o habitual puxar do público foi feito ao recurso de um dos últimos singles da banda. O regresso trouxe-nos “Matchbox” e “No Pressure” e, por fim, a inevitável “Naïve”, single de maior sucesso da banda que não deixou ninguém indiferente e que permitiu em tom de despedida o acompanhamento por parte do público.

Dono de uma excelente presença em palco e de uma boa postura com o público, Luke Pritchard e os restantes membros deram um concerto agradável e mantiveram a união e interação durante todo o espetáculo, mostrando que, mais cedo ou mais tarde, estarão de regresso ao nosso país.

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