Empire of the Sun – Reportagem: O Império do Sol aos pés do Campo Pequeno

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A viagem deste concerto dos Empire of the Sun resume-se a uma peça teatral visualmente preparada ao detalhe com a música e a alegria excêntrica em pano de fundo.

Quem disse que o indie não podia ser dançável, eletrónico e festivo? Enganou-se redondamente. A noite de 23 julho foi majestosa e visualmente irrepreensível a todos os níveis.

Com casa cheia e rendida ao seu espetáculo cénico, os Empire of the Sun provaram que este campeonato é deles, não obstante da qualidade dos restantes como os seus conterrâneos Naked and Famous, nascidos também no ano de 2007. A banda formada por Luke Steele e Nick Littlemore cativam espetadores e os seus seguidores através de espetáculos cinematográficos e teatrais, numa espécie de experiência imersiva e caleidoscópica.

A noite sonhadora marca o início da digressão europeia de Ask That God, escolhendo Lisboa como ponto de partida para esta viagem pela eletrónica contemporânea da indie. “Changes” marcou o início através de uma tempestade negra projetada nos ecrãs revelada por uma espécie de ovos cósmicos, e o hino “We Are The People” terminou o primeiro ato com a junção do público com a banda, o que trouxe os primeiros “saltar de cadeira” de forma natural.

Antes de soltarem “Way To Go”, os Empire of The Sun recordaram-nos da primeira passagem por Portugal, no Super Bock Super Rock 2010, em que tiveram de tocar no final do festival… depois de Prince. “Como vamos tocar depois de um génio como Prince e vocês abraçaram-nos de braços abertos?”, confessou o vocalista antes da apresentação da banda. “Television” entrou em cena com ecrãs hipnotizantes e desconcertantes com o objetivo de provocar o público a pôr em causa o que ouvimos na televisão, em que é que acreditamos e quem está a vencer.

Após novo momento de pausa, surge SupaChai – a mascote criada pelos Empire of the Sun como um conteúdo promocional e presente nas performances ao vivo -, que veio incendiar o público com o terceiro ato com temas focados no seu fundo verde da natureza, ato esse que terminou com “Swordfish Hotkiss Night”, uma elevada exuberância e a vivacidade de cores que culminou numa bomba caótica de sentimentos libertários.

Ask That God foi o ponto de partida para um fim transcendente, com fins de proporção épica e excentricidade cinematográfica no seu auge. Para o final estaria guardado para “Happy Like You / Wild World”, “Walking on a Dream” e “Standing on the Shore”. “Alive” foi a cereja no topo do bolo do selo de qualidade Empire Of The Sun com as promessas de ficarmos sempre e para sempre jovens pela nossa vida fora. A viagem deste concerto resume-se a uma peça teatral visualmente preparada ao detalhe com a música e a alegria excêntrica em pano de fundo.

Foto: Facebook dos Empire of the Sun

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