Redmi Pad 2 – Review: Um excelente companheiro

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Embora semelhante ao seu antecessor, o Redmi Pad 2 conta com ecrã maior, um processador melhor e suporte para a Redmi Smart Pen.

Depois de algumas semanas com o Redmi Pad 2 consigo perceber os motivos pelo qual a Xiaomi descreve este tablet como um “companheiro de maratonas“. E no papel, parece uma verdadeira pechincha: um ecrã generoso e luminoso com 11 polegadas, quatro altifalantes com Dolby Atmos e uma bateria de 9000mAh, tudo envolto num design sóbrio e com acabamento em metal.

O objetivo é claro, este tablet parece ter sido concebido para momentos de lazer e visualização de vídeos, mas não para edição gráfica intensiva ou execução de aplicações de produtividade. Na maioria das situações, cumpre muito bem com o que promete. Mas, como é habitual nos equipamentos mais acessíveis, é importante manter expectativas realistas. Na prática, o Redmi Pad 2 acerta no essencial e até oferece alguns extras interessantes (incluindo entrada para auscultadores), embora haja inevitavelmente algumas concessões. Umas são mais notórias do que outras, mas nenhuma deverá ser um impedimento, tendo em conta que está a ser vendido por 199,99€.

Redmi Pad 2
Redmi Pad 2

Algo tem de ser dito à partida, este Redmi Pad 2 não parece, de todo, um tablet que custa menos de 200€. E digo isto como um elogio genuíno. A parte traseira é em alumínio liso, com um acabamento fosco que resiste agradavelmente às marcas de dedos, e está disponível em cores bastante apelativas, como Cinzento e Verde. O tablet transmite uma sensação de solidez sem ser demasiado pesado, e o design de linhas retas com cantos ligeiramente arredondados torna-o cómodo de segurar durante longos períodos de tempo. A impressão imediata é a de um dispositivo bem construído e confortável.

A Xiaomi acertou nas margens do ecrã, sendo suficientemente largas para permitir uma pegada firme sem registos táteis indesejados. A disposição dos elementos é limpa e funcional, com os botões de volume e energia que ficam na lateral, a porta USB-C que se encontra na parte inferior e os quatro altifalantes estão distribuídos pelas extremidades curtas. E, como referi anteriormente, inclui também uma entrada de 3,5 mm para auscultadores com fio. Pode parecer um pormenor sem grande importância, mas para um dispositivo pensado para utilizadores com orçamento apertado, acaba por ser um bónus valioso.

E passando para o ecrã, estamos perante um painel LCD de 11 polegadas com uma resolução nítida (2560×1600 pixeis) e uma taxa de atualização de 90Hz, que oferece brilho suficiente para a maioria das utilizações em espaços interiores e cores surpreendentemente vivas, graças ao suporte para 10 bits. Os vídeos têm ótimo aspeto, o texto é claro e a navegação é fluida, com a sua taxa de atualização a contribuir bastante para isso. Ainda assim, conta com algumas limitações, já que se trata de um ecrã não laminado, o que significa que há uma camada de ar entre o vidro e o painel em si. Isso resulta em reflexos mais evidentes e confere à imagem uma ligeira sensação de profundidade indesejada. Para além disso, a ausência de um sensor de luminosidade automática obriga a ajustes manuais do brilho com mais frequência do que seria ideal. Ainda assim, é um bom ecrã (não perfeito), mas mais do que competente para este segmento. E volto a frisar: pelo preço que custa, oferece muito mais do que se poderia esperar.

Redmi Pad 2
Redmi Pad 2

No interior do Redmi Pad 2 temos um processador da MediaTek, o Helio G100-Ultra, que não compromete nas tarefas do dia-a-dia – seja a navegar na Internet, ler, streaming ou até jogar ocasionalmente. No entanto, se a ideia for puxar pelo desempenho com jogos mais exigentes ou multitasking intensivo, rapidamente se notam os limites deste equipamento. É preferível encarar este tablet como um dispositivo de utilização passiva, e não tanto para interação intensiva. Em atividades como leitura, visualização de vídeos e outros momentos de lazer, comporta-se muito bem. Já para jogos mais pesados, ou em utilização com ferramentas de trabalho versátil, será necessário alguma paciência e evitar abrir várias aplicações em simultâneo.

O ponto positivo é que a gestão térmica é eficaz. Mesmo após longas sessões de utilização, o tablet mantém-se fresco, o que reforça a ideia de ser um verdadeiro “companheiro de maratonas” como o fabricante afirma. Durante o período de tempo em que tive o equipamento em testes, fiz 2 viagens de avião com cerca de 4 horas cada uma, e posso-vos garantir, com muitas satisfação, que foi o meu verdadeiro companheiro das viagens. Filmes e séries na Netflix, Max e Prime Video foram as plataformas de conteúdos mais executados durante as viagens, e tudo com uma qualidade excecional.

E se o ecrã satisfaz, a sua configuração com quatro altifalantes com suporte para o Dolby Atmos cumpre igualmente bem o seu papel. O volume é suficiente para encher uma pequena divisão, os diálogos soam nítidos e até há um ligeiro toque de graves. Não chega ao nível de uma coluna Bluetooth dedicada, mas é perfeitamente adequado para ver vídeos ou jogar de forma casual. E para os utilizadores mais exigentes com a qualidade sonora, basta ligar uns auscultadores com fio ou uma coluna externa, e relembro que uma entrada de 3,5 mm está lá, pronta a ser utilizada.

Redmi Pad 2
Redmi Pad 2

Do lado do software, o Redmi Pad 2 vem equipado com o HyperOS 2, baseado no Android 15, e a experiência de utilização é bastante fluida. A interface é limpa, bem adaptada ao formato de ecrã de um tablet, e oferece integrações úteis dentro do ecossistema Xiaomi, como atender chamadas, partilhar o hotspot ou sincronizar a área de transferência com o smartphone, caso já utilizem outros dispositivos da marca. No entanto, o multitasking deixa a desejar, já que não conta com suporte para o ecrã dividido nem para janelas flutuantes, por isso, se tinha em mente utilizá-lo como uma ferramenta de produtividade, podes ficar um pouco desiludido. Para além disso, tal como já tinha revelado, o hardware disponível não é propriamente vocacionado para esse tipo de utilização mais exigente. A sua configuração inicial é simples e rápida. Há algum bloatware – aplicações da Xiaomi, Netflix, WPS Office, e outras. Mas, felizmente, a maioria pode ser desinstalada ou desativada, algo frequente dos tablets nesta faixa de preço.

Para quem procura um tablet com boa autonomia, é aqui que o Redmi Pad 2 realmente brilha. A sua bateria com 9000mAh oferece uma excelente autonomia em condições reais de utilização. Consegui facilmente dois dias completos de utilização casual ou um dia inteiro de streaming, leitura e jogos leves sem necessidade de o recarregar. E se a autonomia é um dos seus pontos fortes, o carregamento é o seu ponto fraco, já que é extremamente lento. Com uma potência de apenas 18W, são necessárias quase três horas para carregar completamente a sua bateria. Meia hora ligado à corrente com o carregador mais indicado rende apenas cerca de 17% da carga total, e esse carregador é fornecido na caixa. Por isso, convém planear com antecedência ou adotar o hábito de o deixar a carregar durante a noite. Definitivamente, não é um dispositivo que se recarregue rapidamente antes de sair de casa, nem ideal para carregar no carro a caminho do trabalho ou da escola.

Redmi Pad 2
Sensor fotográfico do Redmi Pad 2

Por razões óbvias, as câmaras dos tablets são frequentemente negligenciadas, e com o Redmi Pad 2 não é diferente. Para ser honesto, isso não me incomoda minimamente, já que raramente utilizo a câmara frontal para videochamadas, e ainda menos a traseira para fotografar ou gravar vídeos. Jamais me irão ver a segurar um tablet para tirar uma fotografia. Ainda assim, a câmara traseira de 8 MP e a frontal de 5 MP são perfeitamente aceitáveis para chamadas de vídeo ou para digitalizar documentos, mas não oferecem muito mais do que isso – e nem é suposto oferecerem.

Com o Redmi Pad 2 a Xiaomi disponibiliza alguns acessórios opcionais, como uma capa tipo fólio e a Redmi Smart Pen, que têm de ser adquiridos separadamente. Por não nos ter sido disponibilizado qualquer um dos dois, não foram testados, mas fica o apontamento da sua compatibilidade.

Redmi Pad 2
Redmi Pad 2

Para quem procura um tablet acessível e fiável para consumo de multimédia o Redmi Pad 2 é, sem dúvida, uma escolha muito interessante. Cumpre bem os requisitos essenciais, com ecrã de boa qualidade (com algumas limitações), excelente autonomia, altifalantes decentes e um preço bastante competitivo. Se procura verdadeiro desempenho, carregamento rápido ou funcionalidades de multitasking mais robustas, então o ideal será considerar investir um pouco mais em outro modelo.

Para mim, o Redmi Pad 2 encaixa-se na perfeição como dispositivo secundário. Aquele que se deixa na mesa de centro da sala ou se atira para a mochila antes de uma viagem. Não tenta ser tudo ao mesmo tempo, e eu também nunca lhe pedirei mais do que aquilo que pode oferecer. Tablets como este servem para estar por perto, como segundo ecrã para leitura, consumo de conteúdo ou para vazar a caixa de entrada enquanto descanso no sofá.

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Este produto foi cedido para análise pela Xiaomi.

Joel Pinto
Joel Pinto
Joel Pinto é profissional de TI há mais de 25 anos, amante de tecnologia e grande fã de entretenimento. Tem como hobbie os desportos ao ar livre e tem na sua família a maior paixão.
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