A Universidade NOVA de Lisboa relança a Rede ¼ com uma plataforma inovadora de alojamento estudantil, apoiada pela IKEA Portugal.
Enquanto persistem os desafios no acesso à habitação estudantil em Portugal, a Universidade NOVA de Lisboa reforça a Rede ¼, um programa que visa facilitar o alojamento digno e acessível para estudantes deslocados. A grande novidade é o lançamento de uma plataforma digital de emparelhamento, criada para aproximar quem procura um quarto de quem o tem disponível para arrendamento.
Com o apoio da IKEA Portugal, esta ferramenta surge como resposta prática à escassez de soluções habitacionais acessíveis para o universo estudantil. A plataforma já conta com cerca de 200 anfitriões registados, com idades compreendidas entre os 30 e os 95 anos, tendo já permitido a realização de 40 emparelhamentos entre estudantes e famílias, bem como com algumas residências parceiras. O objetivo é superar os 300 emparelhamentos no ano letivo de 2025/2026.
A intervenção da IKEA concretiza-se através da atribuição de cartões no valor de 50€ a 50 estudantes, permitindo-lhes personalizar os seus quartos com soluções funcionais e acolhedoras. Para além deste apoio direto, a empresa comprometeu-se, durante o primeiro ano do projeto, a equipar integralmente seis quartos e a contribuir parcialmente para a decoração de outros 20, procurando assim facilitar a adaptação dos estudantes a uma nova fase da vida.
A Rede ¼ surge num contexto marcado por dificuldades persistentes no acesso à habitação estudantil. Segundo dados do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), apenas 10% dos cerca de 175.000 estudantes deslocados têm lugar em residências universitárias. Face à escassez de oferta pública no que toca ao alojamento, torna-se crucial garantir alternativas seguras e financeiramente viáveis.
As rendas praticadas no âmbito da plataforma situam-se até 20% abaixo dos valores de mercado, variando consoante o concelho e os critérios definidos pelo Programa de Arrendamento Acessível (PAA). Os anfitriões beneficiam de incentivos fiscais, como a isenção de IRS ou IRC, enquanto os estudantes têm acesso a contratos formalizados, recibos de renda e, em alguns casos, a um ambiente familiar com potencial de apoio adicional.