Chama-se Íris e é o novo vinho de colecção da Quanta Terra com intervenção de Vhils. São 250 garrafas de 5L, a 1695€ cada, que cruzam arte e enologia.
Ao assinalar um quarto de século de existência, a Quanta Terra apresenta um projeto singular que cruza o universo do vinho com a expressão artística. Com o nome Íris, esta edição limitada de apenas 250 garrafas de 5L resulta da colaboração entre os enólogos fundadores da marca, Celso Pereira e Jorge Alves, e o artista urbano Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils. A proposta vai além da produção vínica: trata-se de uma peça de autor, onde cada garrafa, intervencionada manualmente pelo artista, é tratada como uma obra plástica autónoma. Mas cada garrafa tem um preço ao alcance de poucos: 1695€ a unidade.
A escolha do nome não é arbitrária. A íris, elemento do olhar humano, serve de metáfora para a identidade e a individualidade, duas ideias centrais neste lançamento. Tal como na arte, também no vinho cada detalhe importa – da origem da matéria-prima ao modo como o tempo age sobre ela. Neste caso, o conteúdo acompanha o gesto artístico do exterior: um tinto de 2019 com estrutura e profundidade, marcado por fruta preta, especiarias e notas minerais, características típicas dos solos de xisto do Douro. A prova revela ainda uma textura aveludada, taninos firmes e um final prolongado.
O lançamento está previsto para outubro e, apesar da sua natureza restrita, é possível manifestar interesse através de uma lista de espera disponível online. A criação conjunta foi pensada como uma experiência que ultrapassa a degustação: é também visual, tátil e contemplativa. O vidro, enquanto suporte artístico, é apontado por Vhils como um material paradoxal – simultaneamente frágil e resistente – que, tal como o vinho, exige tempo e atenção para se revelar por completo.