O novo Qualcomm Snapdragon AR1+ Gen 1 promete tornar os óculos inteligentes quase independentes dos smartphones.
Na edição deste ano da Augmented World Expo, a Qualcomm deu a apresentou o Snapdragon AR1+ Gen 1, um novo processador concebido para um nova geração de óculos inteligentes mais leves, eficientes e independentes de outros dispositivos.
Trata-se de um modelo a seguir ao Snapdragon AR1 Gen 1 — já utilizado nos Ray-Ban Meta lançados em 2023 — e posiciona-se entre esse modelo e o mais avançado Snapdragon AR2 Gen 1, pensado para experiências de realidade aumentada. A ambição da Qualcomm passa agora por óculos que funcionem de forma totalmente autónoma, dispensando ligação ao smartphone ou à nuvem.
Um dos destaques do novo Snapdragon AR1+ Gen 1 é a redução de 26% no tamanho do chip, o que vai permitir a fabricação óculos mais compactos, com hastes até 20% mais finas. Esta redução de tamanho não compromete o desempenho do dispositivo e contará com eficiência energética otimizada permitindo menor consumo durante a sua utilização. Mas a principal novidade é a integração de inteligência artificial local, ou seja, processada diretamente no dispositivo. Durante a apresentação, foi mostrado um assistente virtual equipado com um modelo de linguagem Llama 1B, que estava a funcionar sem necessidade de ligação à Internet. Todo o processamento era feito nos próprios óculos, graças ao novo chip.
A Qualcomm delineou ainda a sua visão para o futuro dos wearables. Na qual o objetivo passa por transformar os óculos inteligentes em equipamentos centrais do quotidiano digital, capazes de realizar tarefas como compras, interações sociais ou consultas rápidas, sem recorrer ao telemóvel. A empresa antevê também um ecossistema interligado onde os óculos operam em conjunto com relógios e anéis inteligentes, potenciando novas formas de interação através de gestos ou movimentos, bem como funcionalidades de saúde e bem-estar.
Apesar de ainda não haver confirmação oficial sobre quais marcas irão utilizar o Snapdragon AR1+ Gen 1, algumas informações apontam para um lançamento por parte da Meta até ao final do ano, com o projeto de óculos com o nome de código “Hypernova” como provável primeiro utilizador do novo processador.