Plano Água que Une prevê 294 medidas e 5 mil milhões de euros para garantir segurança hídrica e enfrentar efeitos das alterações climáticas.
O Governo apresentou recentemente a estratégia nacional Água que Une, integrada no Eixo 9 da Agenda Transformadora, com o objetivo de preparar o país para cenários futuros marcados por maior escassez de água e incerteza climática.
Com um investimento previsto de cerca de cinco mil milhões de euros até 2030, o programa estrutura-se em 294 medidas e pretende alterar de forma profunda a gestão da água em Portugal. A proposta assenta em três grandes eixos: reforço da eficiência, aumento da resiliência e introdução de inteligência nos processos de planeamento e gestão.
No campo da eficiência, a estratégia visa reduzir perdas nos sistemas de distribuição, potenciar o reaproveitamento de recursos e otimizar o desempenho das infraestruturas existentes. Quanto à vertente da resiliência, a proposta passa por ampliar a capacidade de armazenamento e criar reservas estratégicas. Relativamente à componente de inteligência, prevê-se a digitalização do ciclo da água, uma gestão mais integrada e o reforço da capacitação institucional.
Entre os programas estruturantes previstos, destacam-se a modernização das redes urbanas de abastecimento, a atualização das infraestruturas de regadio, a reutilização de águas residuais tratadas, a construção de novas barragens – com especial interesse na do Alvito/Ocreza – e a reabilitação de rios e ribeiras. Está igualmente prevista a implementação de plataformas digitais para a gestão integrada dos recursos hídricos, bem como a criação de entidades especializadas nas regiões do Médio Tejo e do Mondego.