Portugal quer liderar a inovação global em inteligência artificial

- Publicidade -

A nova Agenda Nacional de Inteligência Artificial vai articular tecnologia, economia e soberania digital, com impacto estimado de 2,3 mil milhões de euros até 2030.

O Governo apresentou na Web Summit 2025, a decorrer em Lisboa, a sua visão para colocar Portugal na linha da frente da inovação tecnológica, com uma estratégia centrada numa inteligência artificial orientada para o bem público. O plano nacional assenta em três eixos fundamentais: o reforço das infraestruturas digitais, a formação de competências nas pessoas e a promoção de uma utilização ética e responsável da tecnologia.

Durante o evento, o Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, destacou o papel do país na construção de uma administração mais eficiente e próxima dos cidadãos. Sublinhou que Portugal procura consolidar um Estado ágil e transparente, capaz de transformar dados em soluções concretas e de antecipar necessidades sociais e económicas.

A Agenda Nacional de Inteligência Artificial, cuja apresentação está prevista para breve, pretende articular inovação tecnológica, economia e soberania digital, com o objetivo de afirmar Portugal como um polo de referência em inteligência artificial responsável. As projeções apontam para um impacto económico de 2,3 mil milhões de euros até 2030. Segundo Gonçalo Matias, o país atravessa um momento determinante, no qual a IA deixou de ser uma promessa para se tornar uma força transformadora já presente na vida quotidiana.

Entre as iniciativas em curso, Portugal encontra-se a disputar a instalação de gigafábricas de IA europeias, um investimento superior a 16 mil milhões de euros, que pretende reforçar a soberania digital do continente e promover sinergias entre empresas tecnológicas nacionais e internacionais.

Já a Estratégia Nacional para Data Centers visa atrair dezenas de milhares de milhões de euros e criar uma cloud nacional assente em princípios de segurança, confiança e autonomia tecnológica. Para o Governo, a digitalização só se consolida com a capacitação da população. Nesse sentido, o Pacto para as Competências Digitais ambiciona formar mais de dois milhões de pessoas até 2030, abrangendo desde competências básicas até níveis avançados de literacia digital.

Um dos projetos emblemáticos dessa transformação é Amália, o modelo de linguagem de grande escala desenvolvido em português. Apresentado pela primeira vez na Web Summit do ano anterior, evoluiu de um protótipo experimental para uma ferramenta com impacto real. Gonçalo Matias sublinhou que o objetivo é aproximar o cidadão do Estado através de um acesso mais claro, humano e eficiente aos serviços públicos. A Amália é apresentada como um instrumento de apoio à aprendizagem, à inclusão e à inovação, simbolizando a integração entre tecnologia e valores humanos.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopes
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados